Malafaia e Pavinatto pedem prisão de Moraes por morte de bolsonarista no presídio da Papuda

Alexandre Moraes
O ministro Alexandre de Moraes  – 30Imagem: Carlos Moura/SCO/STF

O pastor Silas Malafaia e o advogado Tiago Pavinatto fizeram um pedido de prisão contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Ambos adotaram discursos semelhantes, acusando o magistrado do STF de suposta conduta criminosa relacionada à morte de Cleriston Cunha, também conhecido como “patriota”.

Cleriston Cunha, um empresário de 46 anos, veio a falecer enquanto estava sob prisão preventiva no presídio da Papuda, após passar mal. Ele estava detido devido ao seu envolvimento nos eventos ocorridos em 8 de Janeiro. Malafaia e Pavinatto argumentam que, dois meses antes do óbito, a Procuradoria-Geral da República havia solicitado a libertação de Clezão, mas o pedido não foi analisado pelo ministro Moraes, que era o relator do caso, conforme informações do Metrópoles.

Cleriston Cunha, que frequentava a igreja de Malafaia, nasceu na Bahia e residia no Distrito Federal há 20 anos. A PGR havia condicionado a libertação ao uso de tornozeleira eletrônica.

Tiago Pavinatto solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que Alexandre de Moraes fosse preso por um período de 31 anos. Em sua representação, protocolada em dezembro, Pavinatto atuou em nome da viúva e das duas filhas de Clezão, acusando o ministro do STF de crimes que incluem tortura e abuso de autoridade.

Diante da ausência de uma resposta da procuradoria, o advogado entrou com uma ação penal privada diretamente no Supremo, uma vez que Moraes tem foro por prerrogativa de função.

No mesmo dia, Silas Malafaia se referiu a Alexandre de Moraes como “ditador” e afirmou que o ministro “deve ser preso”. Em um vídeo, o pastor também instou os senadores a colocarem em pauta o impeachment do ministro do STF devido à recusa de Moraes em fornecer informações à Comissão de Controle de Atividades de Inteligência do Congresso, relacionadas à investigação sobre a atuação da Abin no governo Bolsonaro.

Quatro dias após a morte de Clezão, Moraes ordenou a libertação de sete suspeitos envolvidos nos eventos de 8 de Janeiro, que estavam detidos preventivamente.



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