O governo Lula precisará obter cerca de R$ 50 bilhões em receitas adicionais para atender à nova meta fiscal zero estabelecida para as contas públicas em 2025.
A meta fiscal para o próximo ano permanecerá em zero, mantendo-se igual à atual, e será gradualmente elevada até atingir 1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2028. Apesar da flexibilização em comparação com a meta anterior, que previa um superávit de 0,5% do PIB, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá que buscar fontes adicionais de arrecadação para cumprir o resultado pretendido.
As medidas para aumentar as receitas ainda não foram divulgadas, mas não está nos planos do governo elevar as alíquotas de impostos. Além disso, o governo não conta com a aprovação, ainda este ano, da taxação de lucros e dividendos distribuídos pelas empresas a seus acionistas.
Segundo informações da Folha de São Paulo, a necessidade de novas receitas pode aumentar ainda mais caso o Congresso Nacional venha a impor uma derrota ao Executivo nas discussões sobre a desoneração da folha de salários de empresas e municípios, bem como na isenção tributária para o setor de eventos por meio do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse).
