O índice de casos de família na justiça tem crescido muito nos últimos anos. São problemas como divórcios, pensão alimentícia, brigas pela guarda do filho, entre outros que tem tomado um rumo complexo quando não há acordo entre as partes envolvidas. Em contato com a Rádio Recôncavo, o juiz Dr. Márcio Oliveira explicou que são em torno de 4.600 processos e a Vara da Família vem desempenhando um papel fundamental nesses casos. “Fazemos mutirão mensal, atendimento diário às partes, toda quarta-feira eu farei atendimento especial as partes porque elas precisam conversar com o juiz,saber o que ta acontecendo, não só do processo, não é o processo em si, mas é vida, é o lado afetivo, as partes precisam ter esse contato próximo com o juiz. É uma vara diferente na qual o juiz tem que ter essa proximidade com a população”, disse. Segundo ele, a justiça precisa ficar mais próxima das pessoas, o juiz tem que andar pela cidade, interagir com a população, pois isso facilita o desempenho nos trabalhos. O juiz falou também que a maior demanda tem sido pensão alimentícia e divórcio. “Se você perder o emprego não vai pagar pensão, não vai ter como ter recursos, ai vem casos da pensão alimentícia, vem os divórcios que por causa da situação financeira não conseguem diálogo dentro de casa, chega no cartório quando perguntamos o porquê da separação, nem eles sabem o motivo, falta diálogo, um pouco da busca de Deus, alguém para conversar, parente, amigo. As pessoas hoje estão se dificultando, não procuram mais diálogo, qualquer problema é motivo para brigas, divórcio”, frisou. Nesse caso, o juiz tem a função de conciliador, tentar reconciliar as partes, caso não seja possível, busca resolver para que não haja rancor. “Sair de um relacionamento,que saia com o minimo de rancor possível, perincipalmente se tiver filhos, vemos hoje que toda essa raiva vai para cabeça dos filhos”, ressaltou.
Jéssica Oliveira/Blog do Valente
