Na noite de segunda-feira (18), o pré-candidato a prefeito de Santo Antônio de Jesus, o médico Everaldo Junior (PSDC), junto com o deputado federal Jorge Solla (PT), estiveram reunidos com profissionais, empresários e trabalhadores da área da saúde de Santo Antônio de Jesus para debater os desafios da saúde no município, tendo como foco a questão de Santo Antônio de Jesus ser ou não referência em saúde. O encontro teve por objetivo ouvir a opinião dos profissionais, apontando as áreas críticas e possíveis soluções para o setor. “É discutindo e ouvindo as opiniões sobre os temas que envolvem Santo Antônio de Jesus, como saúde, que podemos evoluir e construir nosso plano de governo”, disse Everaldo Junior.
O professor Ângelo Castro Lima, do curso de medicina do Centro de Ciências da Saúde (CCS), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), parabenizou o pré-candidato a prefeito, Everaldo Junior, por levantar o debate sobre a saúde. “Sua provocação é pertinente em discutir se Santo Antônio é ou não polo em saúde. Somos duas instituições supervisoras do Programa Mais Médicos na Bahia. Dos 1470 médicos do Programa na Bahia, a UFRB supervisiona 370 em todo Recôncavo e até Salvador. A formação dos recursos humanos é importante nesse debate. A partir de 2019 todos os cursos de Medicina serão obrigados a criar uma vaga de residências médicas. A UFRB terá obrigação de criar 60 vagas. Terá que haver um bom relacionamento, uma integração da secretaria municipal de Saúde com a UFRB”, salientou.
Everaldo Junior citou a disputa que já existe sobre a Policlínica Regional, por exemplo, que ainda é um projeto abstrato de R$ 18 milhões e que nem se sabe como e quando vai funcionar. “A Policlínica já é alvo de uma briga entre o prefeito e o deputado estadual, sobre quem conseguiu viabilizar o empreendimento para a cidade. Enquanto já temos a UPA edificada e pronta para funcionar. O próprio deputado Jorge Solla, inclusive, colocou uma emenda de R$ 200 mil para o projeto de equipamentos da UPA, e até hoje o prefeito não demonstrou interesse nesses equipamentos”, lamentou.
O empresário Joel Cardoso disse estar satisfeito em perceber a vontade de Everaldo Junior em se pré-candidatar a prefeito e agregar, com esse debate, nesse momento difícil da economia do País. “Vejo outros candidatos prometerem leitos de UTI em 60 dias para a Santa Casa, mas será que vai acontecer? Vejo a coragem de Everaldo em acertar com promessas reais, com postura política e empreendedora”, reforçou.
No cenário político de Santo Antônio de Jesus, O Deputado Federal Jorge Solla avaliou a pré-candidatura a prefeito de Everaldo Junior. “Poderá contribuir sim com o debate político, com a cidade, trazendo sua experiência de diretor de Dires, de médico, de empresário, de ex-vereador. Acho que será muito importante para o debate”, afirmou.
Santo Antônio como vetor de desenvolvimento
Dominaram a pauta temas como o Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus, incentivos fiscais e o Sistema Único de Saúde (SUS). Para o deputado federal, Jorge Solla, Santo Antônio de Jesus tem se qualificado para se consolidar como polo importante na oferta de serviços e saúde, incluindo na formação de novos profissionais, através da implantação da UFRB e do SUS. “É uma área de forte geração de emprego e grande capacidade de mobilização de recursos humanos e fundamental como vetor de desenvolvimento regional”, disse.
Discutir as características do SUS e suas condições de financiamento e capacidade de dar respostas como tem se comportado alguns indicadores no Estado e a capacidade instalada e sua evolução da oferta serviço de saúde e da configuração dos recursos humanos de saúde em Santo Antônio permearam a palestra de Solla. “Santo Antônio está entre os nove principais polos de saúde do estado e tem obtido um crescimento nos últimos anos e se consolida quatro a oferta de serviços e formação de profissionais. Tem facilidades como a proximidade com salvador, a quantidade de população do seu entorno grande gravitando nos diversos municípios da região amplia cada vez mais seu potencial. Ampliando a capacidade do Estado é ser um mobilizador de recursos”, ressaltou o deputado.
O médico Arthur Gonzales levantou a questão dos investimentos. Segundo ele, existe a dificuldade em oferecer o produto para a população porque as instituições e o poder público, que podem comprar esses serviços, não facilitam na parte burocrática. “Há serviços em que há os contratos entre as prefeituras diretamente com as clínicas. Acredito que, como sugestão, seria bom criar uma tabela, que não seja a SUS, e trocar o ISS que se paga por mês por esses serviços. Eu poderia trocar todo meu ISS, por exemplo, por cintilografia. A dificuldade é grande. Como uma pessoa da área de saúde, espero que você, como prefeito, possa melhorar essa relação”, ressaltou.
ASCOM/Fotos Mazinho
