Há três meses com salários atrasados, os funcionários terceirizados dos colégios estaduais estão passando por situações difíceis. Como forma de apoio, os estudantes do Colégio Estadual Francisco da Conceição Menezes resolveram fazer uma manifestação em frente ao colégio seguindo para o Núcleo Regional 21 no Shopping Itaguari no final da manhã desta sexta-feira (08). Em contato com o repórter Itajaí Júnior, a diretora do colégio, Joelma Queiroz informou que a direção não estava ciente dessa manifestação. “Fui pega de surpresa, os alunos se mobilizaram por conta própria e a gestão da escola não ficou ciente”, disse. A respeito da situação dos funcionários, ela explicou que a Secretaria de Educação do Estado já está buscando resolver o problema. “A nossa equipe é muito boa, eles estão trabalhando. Sabemos que atraso de salário não é bom, mas a Secretaria de Educação do Estado e o Ministério Público estão mobilizando para garantir o pagamento desses funcionários”, pontuou. Também solidário com a situação, o funcionário do colégio, Valdélio Quadros expressou sua indignação ao ver pais de família passando necessidades por falta de dinheiro. “A gente fica triste em ver uma situação dessa, sabemos que é uma situação caótica do governo há muitos anos, mas esse governo que está pecando muito. Quando vejo meus colegas que trabalham aqui e em outras escolas com três meses atrasados, pais de família passando fome, pessoas indo pra hospitais já com início de AVC e sem ter dinheiro para comprar remédios, acho que isso é uma falta de respeito com pais de família e funcionários. Sou funcionário efetivo, mas estou sendo solidário aos meus colegas. E outra coisa, nunca vi pela leis federais do Brasil ninguém receber mais de um salário mínimo”, frisou.
Por causa da manifestação, o trânsito da cidade ficou interditado tanto próximo ao colégio como em frente ao Shopping, criando um problema ainda maior. O agente de trânsito, Paulo disse que conversou com os estudantes e tentou da melhor forma possível, juntamente com a polícia, organizar o protesto. “Foram deslocadas duas viaturas para desviar o trânsito. Conversamos com alguns estudantes , entendemos o momento deles sendo solidários, mas a via,o direito de ir e vir não pode ser cessado, às vezes a pessoa só ta olhando o lado dela, protestar é normal, mas a questão da via ser interditada está fora de cogitação”, destacou.
Texto e fotos: Blog do Valente