Há dois projetos na Câmara Municipal de Vereadores de Santo Antônio de Jesus, ainda em discussão, que propõe aumentar ou reduzir o número de vereadores. Um projeto visa aumentar o número de 14 para 17. Já o outro prevê a redução para 10. Numa enquete no Programa Levante a Voz na Rádio Andaiá FM na manhã desta segunda-feira (11) contou com a participação da população, inclusive dos líderes políticos. O presidente do PMDB na cidade, Geraldo Reis falou que concorda com o aumento no quadro dos vereadores, pois o município precisa ter uma representatividade maior. “A representatividade no legislativo se amplia para 17 vagas como está proposto, amplia primeiramente as chances de partidos menores de fazerem também seus representantes e aumenta também a representatividade da cidade. Quando fui vereador na época tínhamos quatro a cinco vereadores da zona rural, vereadores das comunidades. O custo para o município não majora em nada, tanto faz ter 14 vereadores como 17 o repasse que é feito pelo município para o legislativo é o mesmo, com 17 vagas teremos uma representatividade melhor para a cidade, não vejo nenhum sentido em reduzir. Às vezes, o valor é usado pela administração de forma irresponsável. A Câmara tem necessidade de cada vereador ter um veículo? A Câmara tem necessidade de cada vereador ter cota de telefone, ter dois ou três auxiliares que na verdade são cabos eleitorais não para atender a população, mas para garantir reeleição do vereador. Então, aumentar o número de vereadores você teria um aumento da representatividade popular sem ter aumento de despesas. Vereadores tem ligações com deputados, e acaba ajudando muito a gestão municipal”, frisou.
Na mesma linha de pensamento, o presidente do PT, Zenilton Conceição afirmou que o fato de aumentar o número de vereadores não interfere nos custos. “A Câmara de Santo Antônio de Jesus recebe da prefeitura algo em torno de R$ 500 mil por mês, seja dez, nove, seis, seja a quantidade de vereadores que for, os valores disponibilizados para a Câmara não sofrerá aumento ou redução caso se aumente ou diminua o número de vereadores, mas a representatividade do cidadão e cidadã através de seus vereadores essa pode ser aumentada a partir de um maior número de vereadores. Eu acho que a gente não pode combater a doença com o veneno, a gente tem um problema de representatividade porque infelizmente uma parte dos eleitores deixam de avaliar as propostas e qualificações do candidato para cobrar favores eleitorais que o candidato dar apenas no momento que está pleiteando o voto e depois esquece da comunidade e dos compromissos, mas precisamos sim ter essa representatividade aumentada e no meu entendimento pessoal é aumentar o número de vereadores, a cidade necessita de mais vereadores capacitados na Câmara, buscando recursos nas esferas estadual e federal, no minimo 17, pois 14 está pouco”, salientou. Ele ainda destacou que continua discordando com salário para vereador, pois para ele, vereador não deveria ser tratado como profissão. “Defendo como disse antes que vereador não deveria ganhar salário, não deveria ser profissão, por isso que muitos vivem assim a vida toda. Política não é ser só vereador, existem outras formas de se atuar politicamente, mas já que tem essa representatividade não vejo problema em aumentar o número”, pontuou.
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