Nesta terça-feira (07), a Lei Maria da Penha completa 12 anos que foi sancionada. O nome da lei é devido à luta da farmacêutica Maria da Penha que sofria constantes agressões do marido chegando a ficar paraplégica. Em busca de punir o agressor, Maria da Penha continuou sua luta inspirando e incentivando muitas mulheres que passam pelo mesmo problema a denunciar e não se calar diante da violência. Entretanto, anos de lutas em busca de direitos e proteção à mulher não foram suficientes para combater esse crime que tem ceifado muitas vidas. Segundo dados do Atlas da Violência realizado em junho de 2018, só na Bahia teve um aumento da agressão contra a mulher de 81,5% em dez anos. Em 2017 foram registrados 4.157 casos. Em Santo Antônio de Jesus essa realidade não é diferente. De acordo com a delegada Patrícia Jaques, 80% das ocorrências são de ameaças e 50% de lesão corporal. Para ela, há grande necessidade de instalar uma Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) para reforçar apoio as vítimas. O feminicídio obteve um acréscimo nos últimos anos deixando o país na quinta colocação com maior taxa do mundo. Ao ver esse quadro, percebe-se que há muito para fazer e essa luta não deve ser apenas das mulheres, “Não estamos travando nenhuma guerra entre gêneros, até porque é muito importante o apoio dos homens, pois devemos respeitar mutuamente e assim vamos construir uma sociedade mais justa”, destaca a delegada.
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