Embora sejam eleições estaduais, as disputas para deputado mobilizam bastante as brigas políticas dos municípios.
Até porque, mesmo não sendo uma regra geral, fica ali uma espécie de avaliação da gestão que está em curso. Se o candidato do prefeito perder para o candidato da oposição, isso pode significar que o povo está reprovando o mandato dele.
Embora faltem dois anos, eu já vi isso acontecer em muitos municípios. O candidato da situação perder e mesmo assim o prefeito conseguir reverter porque ele pode pegar o sinal que as urnas deram ou ele pode simplesmente não enxergar isso e chegar a perder também.
Tem prazo daqui para frente. Mas, o fato é que a oposição tem um candidato que sempre foi o mais votado em Santo Antônio de Jesus, embora nas disputas ele tivesse sempre o apoio do prefeito, da chamada máquina que é a prefeitura, com seus funcionários, colaboradores, além do prefeito.
Rogério Andrade sempre teve apoio do município, de quem estava no poder, teve na eleição do seu filho quando ele mesmo era o prefeito. Só que desta vez, a situação inverte. Alan Sanches tem, pela primeira vez, todo apoio de uma prefeitura em Santo Antônio de Jesus, o que sempre Rogério tinha.
Isso também com o apoio de empresários, de um aguerrido cabo eleitoral chamado Ditinho, um empresário que é articulador político, que vai para cima, para frente na questão de campanha.
Só que do outro lado, o que Rogério Andrade tem a seu favor é o fato de ter sido prefeito na última eleição. Ele luta para obter em torno de 40% a 50% dos votos que ele teve para prefeito. Isso vai depender muito também de agregar um ou outro que desaprove e brigou com o grupo do prefeito Genival Deolino. É uma das armas que Rogério Andrade tem.
Do outro lado, observa-se até agora que o grupo do prefeito não caiu, não perdeu muitas lideranças, ao contrário, muita gente que já esteve com Rogério, de repente, passou agora a marchar nas asas da situação. A briga é boa e há quem diga que pode dizer muito sobre 2024.
Desde pesar na decisão de candidatura ou não a reeleição de Genival, desde a mobilização de lideranças que não esperam mais Rogério Andrade como candidato a prefeito na próxima eleição.Entretanto, a eleição já tem outro nome que vem colocando as mangas de fora e já está nas ruas que é o ex-prefeito Euvaldo Rosa. Mas, em Santo Antônio de Jesus não esqueçam que já vimos uma briga se desenhar por 3 anos.
De um lado uma candidatura de Euvaldo sendo ensaiada pela oposição e do outro a candidatura de Dalva sendo ensaiada pela situação. No ano da eleição, esses dois se juntaram.
Em Santo Antônio de Jesus se aplica fielmente aqueles ditados que “na política já se viu de tudo, até boi voar” ou até que é “como ensaio de uma chuva, as nuvens, uma hora você olha, parece que vai chover, outra hora você olha e os tempos mudaram, o sol já apareceu muito forte.
Nessa história toda não podemos esquecer das lideranças que trabalham com deputados de outros municípios, que tentam mostrar sua força. Aqueles que obtêm 500 votos, 600, 1000 votos, nessa polarização que existe no município.
E, nessa polarização vale lembrar também de outro candidato que é muito forte no seu trabalho social e que se coloca como candidato a deputado estadual em meio a essa polarização do candidato da oposição Rogério Andrade e candidato da situação Alan Sanches.
Nesse caso estamos falando do pastor Reinaldo do Aprisco, que não pode ser vereador, sendo um dos mais cotado a ser eleito pelo trabalho que faz e pode, de repente, surpreender e ter uma boa votação nesse meio, nessa briga.
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