Vereador Uberdan Cardoso questiona contrato “desnecessário” feito pelo município de SAJ

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Foto: reprodução

Em entrevista, o vereador Uberdan Cardoso, representante da oposição, expõe e denuncia um contrato de tecnologia feito pelo município de Santo Antônio de Jesus, que segundo ele, foi desnecessário. O vereador informa que, o município de SAJ contratou a empresa VOIP tecnologia, para prestar assessoria via uma plataforma que o SUS já oferece.

Segundo ele, a plataforma dispõe dos mesmos serviços do SUS, e já foi pago um valor de aproximadamente R$887 mil, em apenas 1 ano e 4 meses.

“Eu queria entender e aí fica à critério da secretaria de administração, da prefeitura, da secretaria de saúde, explicar para a sociedade por que se pagar por um sistema onde o SUS já oferece as mesmas condições? Porque migrar o sistema do SUS pra esse sistema da VOIP? E o município já pagou quase 1 milhão de reais por esse sistema desnecessário,” questiona o vereador.

Ao ser questionado sobre o funcionamento do serviço da empresa, Uberdan afirma que não há prestação de serviço, pois o sistema já é alimentado pelos servidores no sistema do SUS e só existe a migração, afirmando não haver nenhuma inovação, questionando novamente a necessidade de se pagar por um serviço que já existe de maneira gratuita. Ele aponta também sobre a desorganização do município em passar as informações sobre os profissionais existentes. Segundo ele, foi informado ao ministério da saúde que Santo Antônio só tinha um enfermeiro para receber o piso, que seria um valor de R$3.183,40 por um único profissional para além do piso da enfermagem.

“A equipe da secretaria alimenta o sistema. Então a pergunta é: Se você fornece informações ao ministério da saúde, que tem todos os critérios, tem toda assessoria, paga quase 1 milhão por uma, o que justifica que Sapeaçu receba 790 mil, Cruz 766 mil, Conceição do Almeida 414 mil, Nazaré 296 mil e Santo Antônio receba 3 mil reais? É porque falta competência, falta planejamento. Estão brincando com nossos servidores,” questiona o vereador Uberdan.

O vereador também falou sobre o empréstimo que foi negado, no valor de 5 milhões de reais, solicitado ao Banco do Brasil para as obras de intervenção urbana em alguns bairros da cidade. Segundo ele, o município não tem capacidade de endividamento, e por esse motivo teve o empréstimo negado. Ele pontua também sobre as diversas dificuldades que o município enfrenta, como o transporte público e o pagamento da UPA que os servidores ainda não receberam.

“Tecnicamente os números mostram que nós não temos condições de contrair esses empréstimos no momento porque a gestão é tão ruim que perdemos a capacidade de pagamento e de endividamento,” afirma o vereador Uberdan.

Texto: Fernanda Mamona



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