Opinião: além de ser crime, coação eleitoral no trabalho é “tiro no pé”

Foto: reprodução

Caros amigos, eu estava vendo há pouco no canal de notícias CNN que foram registradas na Justiça do Trabalho mais de mil denúncias de assédio eleitoral até o momento, um aumento significativo em relação à eleição passada.

Estamos vendo vídeos, gravações de patrões ameaçando seus funcionários de demissão ou ameaçando de alguma outra forma se não votarem no candidato deles. Isso é um absurdo que nós não víamos antes. Acredito que os números reais sejam bem maiores do que os registrados, até porque sabemos que são poucos casos em que as pessoas são flagradas, ou alguém tem a coragem de denunciar estes crimes.

O que os empresários não sabem é que eles estão dando um verdadeiro tiro no pé. O voto é secreto. Tenham certeza disso. E para não perder o emprego ou para não ficar mal com o patrão, os funcionários dizem concordar com o voto, e até dizem: “Patrão, eu concordo com o senhor”.

Mas, no fundo, se aquele funcionário tinha dúvida, se ele era indeciso, esse tipo de coação, de pressão, faz com que ele tome a decisão de votar contra essa atitude, contra o candidato do patrão. Tenho certeza que se o patrão está achando que está ajudando o seu candidato, com essas atitudes criminosas ele está, na verdade, ajudando o adversário.

Por Léo Valente



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