Doença do Século: ansiedade atinge 40% dos brasileiros

Ter um friozinho na barriga antes de um evento importante, ficar apreensiva na espera de algum resultado, seja de uma prova ou de uma entrevista de emprego, são sinais normais de ansiedade. Mas o que fazer quando os sintomas aparecem sem motivo aparente e de forma constante? Medo, inquietação, irritabilidade, taquicardia, falta de ar e aumento da pressão são sinais de ansiedade patológica.
De acordo com o Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente (Ipom), quatro em cada dez brasileiros sofrem com esse problema, que atinge 33% da população mundial, segundo dados da  Organização Mundial de Saúde.
Para a psicoterapeuta Myriam Durante, a ansiedade é uma coisa boa, é uma reação do organismo a uma situação de perigo. O problema é quando a gente dispara este mecanismo do cérebro para ‘‘coisas bobas’’ ou imperceptíveis. “Isso pode gerar um ataque de pânico”, explica a autora do livro “Ansiedade: aprenda a controlar sua ansiedade e viva melhor”.
A psicoterapeuta defende que a ansiedade pode ser tratada sem o uso de remédios. “O tratamento pode ser feito com técnica de hipnose e relaxamento, respiração, autoconhecimento e terapia. Técnicas de positividade também ajudam, já que o ansioso costuma ser muito negativo”, diz.
O psiquiatra Sander Fridman afirma que algumas pessoas estão mais propensas a sofrerem de ansiedade. “Os ansiosos são pessoas mais controladoras, que projetam tipicamente uma percepção negativa para o futuro, enquanto os depressivos o fazem para o passado”, afirma o especialista. Segundo ele, depressão e ansiedade podem coexistir na mesma pessoa.
E não é à toa que a ansiedade foi apelidada, por muitos especialistas, de “doença do século”. Para a psicoterapeuta, a falta de tempo e o uso excessivo de tecnologia, muitas que causam vício, como o celular, aumentaram os casos de ansiedade.  “Estamos vivendo no automático, com pressa, grudados no celular, irritados com o trânsito. Com menos tempo, estamos sempre preocupados se estamos fazendo tudo correto, e, às vezes, nos culpamos, não conseguimos dormir”.
 
Uso de remédios
Psiquiatras acreditam, no entanto, que o tratamento para ansiedade não deve ser feito apenas com terapia. “O tratamento é feito com antidepressivos e tranquilizantes. Em certas circunstâncias, outros medicamentos podem ser usados, como os anti-hipertensivos”, diz o psiquiatra Rodrigo Pessanha. “Mas também são indicados tratamentos não farmacológicos, como a terapia cognitivo-comportamental e técnicas de meditação”, indica.

(Forte na Notícias)



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