Exame de sangue capaz de determinar infecção pode evitar uso de antibióticos

IMAGEM_NOTICIA_5 (1)A Escola de Medicina da Universidade de Stanford, na Califórnia, está desenvolvendo um teste de diagnóstico que poderá informar aos médicos se uma infecção é viral ou bacteriana, ajudando a prevenir a prescrição indevida de antibióticos. Os pesquisadores afirmaram, nesta quarta-feira (6), que o resultado virá de um exame de sangue ‘barato’. O principal autor do estudo, Timoth Sweenet, pesquisador no Instituto Stanford para Imunidade, Transplante e Infecção, destacou que “várias vezes os médicos não podem dizer que tipo de infecção um paciente tem”. O novo teste, que ainda não está disponível no mercado, funciona através da identificação de sete genes humanos que obtém uma mudança em sua atividade durante uma infecção e cujo padrão de atividade pode revelar se a infecção é causada por um vírus ou por uma bactéria.

De acordo com os pesquisadores, os exames desse tipo, que já estão disponíveis, analisavam alterações em centenas de genes, o que os tornam mais custosos. O autor sênior da pesquisa, Purvesh Khatri, professor assistente de medicina, afirmou que a ideia do estudo surgiu com uma pesquisa publicada em 2015 que mostrou “uma resposta comum do sistema imunológico humano para vários vírus que é distinta daquela para infecções bacterianas”, afirmou. Caso os próximos estudos mostrarem que o método funciona e tem bom custo-benefício, esse exame poderá ser uma ferramenta útil para prevenir o aumento das bactérias resistentes a antibióticos, chamadas de superbactérias.

Bactérias resistentes aos antibióticos são responsáveis por dois milhões de doenças e 23.000 mortes por ano nos Estados Unidos. De acordo com estudos recentes, uma em cada três prescrições de antibióticos em instalações médicas nos EUA são desnecessárias. O uso excessivo e/ou inadequado de antibióticos aumenta a resistência de bactérias a estas drogas. O teste, que foi descrito na revista científica americana Science Translational Medicine, identificou sete genes que mostraram resultados precisos em amostras de sangue de 96 crianças gravemente doentes. (Bahia Notícias)



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