Conheça os nutrientes essenciais que as crianças precisam

naom_57fbd8cdd22b8

 

Em vista das mudanças comportamentais e dos padrões alimentares das últimas décadas, a desnutrição não é mais um problema exclusivo da escassez de alimentos. Atualmente, casos de desnutrição acontecem mesmo nos lares cuja a oferta de alimentos é abundante. O alto consumo de industrializados, refeições prontas e fast foods contribuiu para um novo perfil deste problema: crianças que se alimentam normalmente, porém de forma inadequada.

É cada vez mais comum que crianças tenham contato, logo na primeira infância, com produtos industrializados na hora do lanche ou até mesmo nas refeições principais. O resultado disso: crianças acima do peso, porém com maior probabilidade de apresentar algum déficit nutricional. Dados do Ministério da Saúde estimam que, atualmente, 20% da população infantil está acima do peso, enquanto dados do IBGE (POF-2009) apontam que esta situação quadriplicou no país em duas décadas. Este é mais uma razão pela qual a desnutrição não deve estar associada unicamente ao baixo peso, mas sim, observada como um quadro multifatorial.

Nutrientes essenciais na infância

Ainda que a desnutrição esteja diretamente ligada a oferta calórico-proteica, alguns micronutrientes são essenciais durante a infância e tem sua disponibilidade prejudicada pelo distúrbio. A principal consequência desse problema é o atraso do desenvolvimento intelectual e físico da criança. Esses micronutrientes merecem atenção especial na dieta e devem compor, em conjunto com outros nutrientes, um cardápio equilibrado afim de garantir o crescimento saudável durante essa etapa da vida.

• Ferro: Essencial para o desenvolvimento físico e psicomotor durante a infância, sua carência pode levar a anemia ferropriva, que afeta tanto o crescimento, quanto o aprendizado. A falta deste mineral diminui a resistência do organismo e também pode afetar o comportamento da criança, levando a fraqueza, falta de memória, irritabilidade e indisposição. Para reforçar sua oferta é importante incluir no cardápio alimentos ricos em ferro como a beterraba, o fígado de boi, feijão e couve.

• Zinco: Por estar relacionado ao metabolismo hormonal e a diversas reações enzimáticas do organismo, sua carência pode limitar o crescimento da criança, afetar o paladar, e afetar seu desenvolvimento cognitivo. Da mesma forma, seu baixo aporte pode enfraquecer a resposta imunológica e causar episódios de diarreia. Alimentos como o agrião, a escarola, o farelo de trigo, a aveia e sementes de girassol são ricos em zinco.

• Cálcio: Este mineral é essencial na formação do conjunto esquelético, crescimento e fortalecimento de ossos e dentes. Sua carência pode prejudicar o desenvolvimento da estatura, levando a complicações como raquitismo e má formação óssea. As principais fontes desse mineral são produtos lácteos e seus derivados, contudo também existem opções vegetais como o couve, brócolis, amêndoas e castanhas. Para melhorar sua oferta, a nutricionista dá outra dica “A vitamina D melhora a absorção do cálcio, portanto é importante consumir alimentos ricos nesse nutriente como peixe e ovos. ” – além de tomar sol moderadamente, que é principal fonte natural dessa vitamina.

• Vitamina A: Além de fundamental para a saúde ocular, a falta desse mineral pode igualmente prejudicar o crescimento da criança e afetar significativamente seu sistema imunológico. A nutricionista Joanna reforça sua importância: “Esse nutriente é classificado como essencial, ou seja, não é fabricado pelo organismo e deve ser adquirido através da alimentação. ” Boas fontes de vitamina A são vegetais folhosos de coloração verde escura, a gema do ovo e frutas como a manga e o mamão.

 

Fonte: NM



Veja mais notícias no blogdovalente.com.br e siga o Blog no Google Notícia