Corpo pode demorar até 2 semanas para se adaptar ao horário de verão

Sonolência durante o dia, cansaço, irritabilidade, alterações de apetite e um humor deprimido são alguns efeitos no organismo em decorrência da perda de uma hora de sono. O organismo pode levar até duas semanas para se adaptar a esse novo ritmo.

A partir da 0h deste domingo (16), os moradores do Distrito Federal e de mais dez Estados devem adiantar seus relógios em uma hora. A medida vale até 0h do dia 19 de fevereiro de 2017, quando os relógios voltam ao horário normal.

As crianças e os notívagos são os que mais sentem as consequências da mudança do horário de verão, segundo o professor e chefe do Laboratório Neuro-Sono da Unifesp, Gilmar Fernandes do Prado, 57. Para ele, uma melhor adaptação seria dormir bem, em média, oito horas de sono, ao menos três dias antes do início do horário de verão.

“O ideal seria a pessoa dormir com padrão de sono de três dias a duas semanas antes do início do horário de verão para recuperar parte do sono perdido nos últimos dias. Isso porque o período de adaptação do ritmo do sono e da alimentação pode levar até duas semanas. Para aqueles que são notívagos, a completa normalização do organismo só ocorrerá quando terminar o horário de verão”, afirmou o médico.

Contudo, segundo Prado, mais de 40% das pessoas dormem menos do que deveriam e muitas têm dificuldade de levantar mais cedo. Para esse grupo de pessoas a adaptação ao horário de verão é mais complicada e, em alguns casos, requer um acompanhamento médico. “Maior recomendação para a pessoa sanar o deficit de sono seria realizar uma atividade física regular para que haja uma regulação do organismo. Para os que já fazem, o ideal é manter a programação, pois assim a adaptação será mais rápida.”

Quando levantar de manhã, diz o médico, é bom acender as luzes intensamente para a informação de que o dia começou chegue até a área profunda do cérebro (o hipotálamo). Isso porque há um descompasso na sincronia do claro e escuro. Além disso, Prado recomenda que evite se alimentar fora dos horários habituais, mesmo que sinta fome em determinados períodos -a alimentação se regulariza em até quatro dias.

Os pais também devem ficar atentos ao desempenho dos filhos nas escolas devido ao deficit de sono. “Nessa mudança de horário é possível que algumas crianças tenham queda no desempenho escolar. Nesse caso, os pais devem colocar as crianças para dormir mais cedo e reduzir as atividades, além de limitar o acesso às redes sociais”, afirmou o médico. *NM



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