Trabalha sentado? Confira dicas práticas para evitar trombose e varizes

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A mesa, a cadeira e o computador; são esses os três itens mais comuns na jornada de trabalho da maioria dos brasileiros empregados. O problema é que trabalhar sentado oito horas por dia (ou mais) aumenta em 10% o risco de morte, segundo estudo publicado na revista médica britânica “The Lancet”. “Além disso, como a panturrilha é o coração das pernas, a cada contração muscular bombeamos o sangue e ativamos a nossa circulação. Situações onde essa musculatura fica parada muito tempo podem causar uma retenção de líquido nas pernas, levando a inchaço, pernas pesadas, cansadas e aumentando a predisposição de desenvolver varizes e trombose venosa”, explica a cirurgiã vascular e angiologista Dra. Aline Lamaita, médica do corpo clínico do Hospital Albert Einstein.

De acordo com a pesquisa, que analisou 16 relatórios sobre idosos dos EUA, Europa Ocidental e Austrália, para cada oito horas sentado, é necessário praticar uma hora de atividade física para resistir aos efeitos negativos desse “sedentarismo”. “Embora muitas pessoas com a rotina de trabalho muito pesada não tenham tempo e disposição para realizar atividade física em outro horário, isso é necessário para que haja um desenvolvimento da musculatura efetiva, que poderia de certa forma protegê-los dos efeitos deletérios do trabalho sentado”, afirma a médica. “O hábito de realizar atividade física regular está relacionado a melhor controle de peso, melhora do diabetes, controle de pressão arterial e níveis de colesterol, além de um condicionamento cardiopulmonar”, completa.

Mas para pessoas com propensão a problemas vasculares, segundo a médica, o ideal é também introduzir alguns hábitos para ativar a circulação, como:

– Realizar exercícios movimentando os pés a cada hora de trabalho sentado;

– Levantar a cada hora e andar para movimentar um pouco as pernas;

– Para alguns casos, usar meias de compressão para conforto e melhor rendimento.

Segundo a angiologista, os hábitos de vida saudáveis, como a prática de atividades físicas, são indicados desde cedo e com cuidados especiais após os 40 anos. “Como depois dessa fase da vida temos uma mudança na estrutura corporal, perdendo massa magra (musculatura), aumento da incidência de outras doenças associadas (hipertensão, diabetes), além do processo normal de envelhecimento, esse grupo deve estar mais atento aos cuidados do dia a dia”, comenta.

*NM



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