O presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed), Francisco Magalhães, condenou, nesta terça-feira (7/5), a contratação de médicos cubanos para trabalharem no interior do país.De acordo com Francisco Magalhães, a Frente Nacional de Prefeitos deveria se preocupar em cobrar dos prefeitos do Brasil o pagamento do salário dos médicos. ?No ano passado, no período da troca de prefeitos, diversas prefeituras deram calote em médicos. Só no Sindimed, foram ajuizadas mais de 50 ações de médicos contra prefeituras do interior, por falta de pagamento?, conta.
Para o presidente, o governo deveria oferecer condições para a permanência dos médicos nos locais de trabalho, ao invés de contratar médicos com capacidade duvidosa, em caráter temporário: ?O que nós achamos é que o Brasil, por ser a sétima economia do mundo, não pode se comparar a uma republiqueta de última categoria, importando médicos do exterior sem comprovar sua capacidade profissional, seja de que país for. O que o governo brasileiro precisa estabelecer é uma política de fixação dos médicos, dos diversos setores, através de uma carreira de estado?, afirma o presidente.
Ainda de acordo com Magalhães, esta medida é um atentado contra o SUS e contra a população mais pobre do Brasil. ?Nós repudiamos esta proposta e convocamos a sociedade brasileira para participar desta discussão?.
Portanto, o Sindimed, representado pelo seu presidente, considera que a solução da falta de médicos nos pequenos municípios passa por uma carreira do SUS, com remuneração digna e com possibilidade de ascensão funcional, nos moldes da carreira do Judiciário.
“O Sindicato lutará, junto com a Federação Nacional dos Médicos (Fenam), contra esta afronta aos médicos brasileiros, utilizando todas as medidas jurídicas e políticas possíveis”, diz o presidente, em nota. (Tribuna da Bahia)
