Após um dia em que várias manifestações mostraram a força do Movimento Passe Livre em todo o País, o vice-governador e secretário de infraestrutura do estado, Otto Alencar, descartou na última segunda-feira (17) a possibilidade de haver aumento da tarifa dos ônibus metropolitanos. A razão foi o acordo firmado entre os trabalhadores rodoviários de empresas de ônibus urbanos e interurbanos realizado no fim da tarde da última segunda na sede do Tribunal Regional do Trabalho. Otto apontou também que a recente desoneração em 3,65% do PIS/COFINS” pela presidente Dilma diminuiu o impacto no custo com mão de obra no setor, contribuindo para que não haja necessidade de reajuste.
Quem quer saber de reajuste agora? Quem reajustou quer recuar por causa do movimento em São Paulo. Eduardo Campos também já recuou, mas o problema não é R$ 0,20. Não adianta pensar que recuando o pessoal vai engolir Sarney, auxílio alimentação para juízes, auxílio moradia para deputados. Tem que mudar muita coisa no País. Esse protesto não pode se restringir só a Copa das Confederações. Tem que ter uma pauta definida. Só vamos parar depois que acabar com auxilio paletó e moradia para marajá, depois que acabar com o 14º e 13º, a nomeação de parentes e de tantos assessores para senadores. Uma pauta de exigências para começar a mudar esse País. Agora querem recuar nos R$ 0,20. Não adianta. Os senadores vão ter que ceder muito mais. Se essa manifestação tivesse começado antes não teria acontecido tanta aberração nesse País.
Léo Valente
