Pastor evangélico executado em Santo Antônio de Jesus com seis tiros

O pastor evangélico Giovane Lopes Gagliano, de 48 anos, conhecido como Pastor Geovane, foi assassinado com sete tiros na manhã desta quinta-feira (20) na porta da casa onde morava no centro da cidade de Santo Antônio de Jesus (a 185 km de Salvador). O pastor saía de casa por volta das 9h30 da manhã quando foi abordado e assassinado com sete tiros. A Polícia Civil de Santo Antônio de Jesus está investigando o crime. Há suspeitas de que o assassinato do pastor tenha motivações políticas.

O líder religioso morava na Rua da Conceição, no bairro do São Benedito, no centro da cidade. Pastor Lindomar, amigo da vítima, contou que Giovani Gagliano conversava com um vizinho quando um veículo se aproximou e os ocupantes dispararam vários tiros. ?O pastor Giovane trabalhava num Centro de Recuperação de drogados em Santo Antônio de Jesus e era uma boa pessoa, que ajudava os necessitados?, lamentou. Amigos, fiéis e vizinhos da vítima relataram que não sabem os motivos do crime. Em 2011, o pastor foi vice-prefeito de Aurelino Leal, na época em que mataram o então prefeito da cidade, Gilberto Andrade, e ele foi um dos suspeitos. O pastor foi a júri popular, mas foi absolvido pela justiça. Ele estava enquadrado na lei da Ficha Limpa. Giovane Gagliano pastoreava a Igreja Evangélica da Assembleia de Deus e Apostólica Missionária.

 ENTENDA O CASO

Na época do julgamento, em março de 2011, o Tribunal de Justiça da Bahia pronunciou Giovanni Lopes Gagliano para ir a júri popular. Giovane é acusado de ser um dos mandantes do assassinato do prefeito Gilberto Andrade, que foi morto com um tiro no peito, num trecho da BR-101. Quando foi detido um dos pistoleiros José Renato Domiciano, o Corcoran, que também foi assassinado em 2011, confessou ter dirigido o carro que, no dia 5 de maio de 2007, conduzia Israel Santos Torres, que fez os disparos que mataram Gilberto Andrade. O pistoleiro disse que os motivos eram políticos e financeiros. Corcoran disse ainda que os mandantes foram o vice-prefeito Giovanni Lopes e o ex-prefeito José Augusto Neto, que foi condenado a 19 anos de prisão na penitenciária Lemos de Brito. O acusado contou também que ele e Israel receberiam R$ 25 mil cada um pelo crime. O crime teve atos de protestos da população de Aurelino Leal. Alguns dos acusados do envolvimento estão presos e outros foram assassinados em circunstâncias misteriosas.

 Cristina Pita

 Fotos: Blog do Valente



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