A proprietária da Creche-Escola Primeiros Passos, Sanny Cris, de 28 anos, acusada de deixar um menino de dois anos amarrado, na cidade de Barreiras, no Oeste da Bahia, poderá ser processada por maus-tratos e abandono de incapaz, segundo o delegado Joaquim Rodrigues, que investiga o caso. O depoimento de Sanny foi ouvido na delegacia local, na manhã desta sexta-feira (20), e ela admitiu que o garoto ficava preso, mas apenas por pouco tempo, enquanto outras crianças estavam sendo cuidadas. ?Três monitoras da creche, que também foram ouvidas, disseram que há uma norma no local, determinando que quando uma criança comete alguma transgressão, deve ser isolada no ?Cantinho do Pensamento?, onde ela deve refletir o que fez?, informou o delegado, acrescentando que já solicitou as imagens das câmeras de segurança da creche para avaliar a movimentação dentro da instituição e concluir o inquérito policial.. O caso foi denunciado à polícia pelos pais do garoto, Uéberson de Moraes da Silva e Érica Patrícia Tavares de Paula. Eles desconfiavam que algo de errado se passava com o filho, devido ao comportamento agressivo que o menino começou a apresentar e à sua indisposição de ir para a creche. Preocupados, eles foram ao local e acabaram contando com a colaboração de uma funcionária, que não compactuava com os maus-tratos e contou o que acontecia. Com a intenção de registrar o flagrante, ela se comprometeu a filmar o momento que a criança ficava presa, que normalmente acontecia entre às 11h e 14h. Um aparelho de celular foi colocado na mochila da criança, pelos pais, para que a funcionária pudesse fazer o registro. Exatamente, no momento em que a criança estava amarrada, eles estiveram no local e comprovaram agressão. (Aratu Online)
