A redução do crescimento e a redução da pobreza

Segundo recente estudo da Cepal, a redução do crescimento da economia tem reflexos claros na taxa de pobreza, apesar de os indicadores de geração de emprego serem positivos. O percentual de pobres, que era de 29,6% em 2011, recuou apenas 1,4% em 2012, passando a 28,2% da população.

A Cepal adverte que a pobreza tende a perdurar mesmo que se mantenham programas de transferência de renda porque os governos da região não estão suficientemente empenhados em enfrentar deficiências graves, como saneamento básico, falta de água potável e educação de baixa qualidade, fatores que impedem a melhoria de vida dos cidadãos.

Isso deveria ser um alerta ao Brasil, que, embora esteja desenvolvendo inúmeros programas visando à diminuição da desigualdade de renda, não parece poder contar com altas taxas de crescimento nos próximos anos.

No Brasil, segundo dados oficiais, o retrato socioeconômico, que considera escolaridade, acesso a bens, composição familiar e região, indica que ainda há mais de 16 milhões de brasileiros vivendo abaixo do nível de pobreza. A eliminação ou a sensível redução desse problema, no entanto, parece menos difícil do que na China e na Índia.

Durante a campanha presidencial de 2010, um dos principais pontos programáticos da candidata Dilma Rousseff, foi a eliminação da pobreza absoluta. Isso significa que até 2014 não deveria haver ninguém vivendo com menos do que R$ 70 por mês.

Trata-se de uma ideia-força, de difícil realização dada a magnitude da questão, e um desdobramento natural do programa de inclusão social iniciado no governo FH e ampliado no governo Lula. (Rubens Barbosa, O Globo)



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