Torcedor fanático tatua parte da camisa do Bahia e justifica: ‘é amor’

Um amor sem limites. Esse é o sentimento do policial militar Henrique Prazeres em relação ao Bahia. Justamente na atual temporada, uma das mais difíceis para o clube, ele resolveu gravar para sempre a paixão pelo tricolor.?Não penso no momento. Torcedor gosta do time em qualquer fase. Não importa se está ruim?, diz. Sem receio de ser julgado, o tricolor fanático fez uma tatuagem da camisa do Esquadrão na região do peitoral e do ombro esquerdo. ?Qual explicação para isso? Só pode ser muito amor. Sempre tive vontade de fazer e agora pude homenagear o meu clube?, conta, feliz da vida.Henrique não vai acompanhar a partida de hoje, às 16h, contra o Fluminense, na Fonte Nova. Estará no trabalho e, apesar disso, não deixa de fazer um pedido aos jogadores. ?É para fechar o ano com chave de ouro. O Fluminense tem que pagar a Série B. Eles fizeram virada de mesa no passado e não pagaram ainda. Vai ser 2×0 Bahia?, acredita. O fervor pelo Bahia vem desde pequeno. Natural de São Felipe, no Recôncavo baiano, ele lembra de um dos momentos mais importantes do clube. ?Aquele gol de Raudinei em 1994 ficou marcado para mim. Foi uma das partidas mais emocionantes até hoje?, diz o torcedor, lembrando-se do gol de empate do atacante aos 46 minutos do segundo tempo, contra o Vitória. O Bahia levou o estadual daquele ano. O fato do time de 2013 ter lutado para não cair durante boa parte do Brasileirão não influenciou na decisão dele em fazer a tatuagem. Antes de fazer, entretanto, outras dúvidas surgiram. ?Tive que consultar o regulamento para saber se não haveria problema no trabalho. Também fiquei na dúvida do desenho?, conta.

A sugestão de fazer a camisa azul, vermelha e branca veio de uma forma curiosa.?Minha amiga Naiara, que é torcedora do Vitória, deu a ideia. Ela viu uma do Grêmio parecida e me mostrou. Gostei muito e procurei o tatuador?. O modelo escolhido foi a retrô de 1959, ano do primeiro título brasileiro do Bahia. Apenas uma mudança foi realizada em relação à original. ?As duas estrelas não poderiam faltar?. 

 

Foram dias de pesquisa até escolher Dudu Petersen, profissional da área há nove anos. Formado em Artes Visuais pela Ufba, o tatuador tem uma outra característica que ajudou na decisão de Henrique. ?Ele ainda é Bahia. É um sinal de que a tatuagem será feita com amor e cuidado?, diverte-se, em meio às agulhadas.

Dudu afirma ter feito mais de dez tatuagens do Bahia desde o início da carreira. Até agora, afirma que ainda não teve oportunidade de gravar sua arte na pele de um torcedor rubro-negro. ?Acho que a torcida do Bahia é mais apaixonada. Já fiz muitos escudos, mas essa é a primeira camisa?.

 



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