Ministério da Saúde incorpora teste para detecção de HPV em mulheres

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Ministério da Saúde anuncia a incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) de um teste inovador para detecção do HPV em mulheres. A tecnologia utiliza testagem molecular para identificar o vírus e rastrear o câncer do colo do útero, oferecendo maior precisão e um intervalo maior entre os exames.

O Ministério da Saúde investiu R$ 18 milhões em um projeto piloto que utilizou o teste em Pernambuco durante 2023. A partir dos resultados positivos, a tecnologia foi incorporada para uso em todo o território nacional.

“A decisão é um ganho para as mulheres”, afirma o Ministério em nota. “A tecnologia é eficaz para detecção e diagnóstico precoce do HPV e permite aumentar o intervalo de realização do exame de cinco para três anos, facilitando o acesso e a adesão ao rastreio.”

O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo e o principal causador do câncer de colo do útero. No Brasil, estima-se que 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com a doença a cada ano, sendo a quarta causa de morte por câncer entre mulheres.

“A doença é prevenível por meio da vacinação, uso de preservativos e realização do exame de Papanicolau”, destaca o Ministério. “No entanto, ainda é um problema de saúde pública, especialmente na região Norte, onde é a principal causa de morte por câncer entre mulheres em idade fértil.”

A testagem de HPV é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como padrão ouro para detecção do câncer de colo do útero. A incorporação da tecnologia no SUS está alinhada com as estratégias da OMS para eliminar a doença como problema de saúde pública até 2030.

A decisão da Conitec, que avaliou a tecnologia, considerou que a nova testagem é mais precisa que a atualmente ofertada no SUS, representando um avanço importante na prevenção e combate ao câncer de colo do útero no Brasil.



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