VÍDEO: uso de banheiro feminino por aluna trans causa confusão no restaurante da Universitário da UnB

Aluna trans da UnB
Imagem: reprodução

uso do banheiro feminino por uma aluna transexual causou uma confusão no Restaurante Universitário da Universidade de Brasília.  O episódio aconteceu por volta das 14 da última terça-feira (13) e alunos filmaram uma parte da briga, que se estendeu para o saguão.

A jovem trans se exaltou quando foi chamada de “cara” pela outra aluna, e funcionários do restaurante tentaram intervir. Ela afirma que se sentiu “desrespeitada”.

Já a outra estudante disse que a questionou por se sentir “insegura”. Em nota, a UnB afirmou que “é um local plural e tolerante, que preza pela riqueza e potencialidade da diversidade e pelo respeito às diferenças”.

“E que sendo parte da sociedade, com uma comunidade de 58 mil pessoas, não fica imune às questões estruturais contemporâneas e trabalha para tornar o ambiente acadêmico cada vez mais acolhedor”, continua o texto.

A aluna trans, que não quis se identificar disse que a outra estudante tentou expulsá-la do banheiro e que foi vítima de transfobia – uma forma de preconceito contra pessoas transexuais que pode resultar em violência física, moral ou psicológica.

Já a estudante que abordou a jovem disse que sentiu “medo”. “Eu pensei que fosse um homem, né? Porque eu vi a barba. Aí eu perguntei o que ele estava fazendo no banheiro. Porque têm casos de assédio e estupro que acontecem dentro da universidade e eu fico com muito medo dessas coisas.”

De acordo com a universidade, a Secretaria de Direitos Humanos da instituição foi procurada por uma das estudantes envolvidas e prestou o acolhimento necessário, enquanto a outra aluna foi amparada por servidores no local.

A UnB afirmou ainda que tem dois banheiros neutros no Campus Darcy Ribeiro, que podem ser usados tanto por homens quanto por mulheres, no ICC Norte e o outro no ICC Sul.

Segundo a Universidade de Brasília, a iniciativa foi uma demanda da população LGBTQIA+, que não acaba com os banheiros masculinos e femininos, mas proporciona um espaço de inclusão para uma parcela dos estudantes, docentes e funcionários.

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