Caixa fecha agências e vende imóveis em 2018 para perseguir lucro de R$ 9 bi

Conselho de administração já aprovou meta; medidas serão discutidas em encontro com funcionários

A Caixa aprovou uma meta de lucro para 2018 de R$ 9 bilhões, resultado que será alcançado graças a um corte de custos operacionais de R$ 2,6 bilhões. Boa parte desse enxugamento virá do fechamento de agências.

Serão encerradas as atividades de cerca de 100 agências cujas operações são consideradas insustentáveis ou aquelas que disputam clientes em endereços muito próximos.

Com isso, o banco passará a possuir 4,1 mil agências, segundo pessoas que participam das conversas.

A meta foi aprovada pelo conselho de administração da instituição, que se reuniu na última quinta-feira (10).

A mudança de curso na Caixa rumo à profissionalização do banco será um dos temas de evento que a instituição organizará no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, nesta quarta-feira (16).

O encontro reunirá 6 mil gerentes de todo o país, com show de axé e o ex-jogador de futebol Cafu como palestrante motivacional, como mostrou reportagem da Folha.

A ideia é transmitir aos gestores que a instituição, daqui para a frente, terá que atuar com uma independência maior do governo federal. Para isso, o banco precisa ser eficiente e estar atento a riscos e retorno das operações.

A nova postura começa a incomodar funcionários. A Fenae (federação das associações de pessoal da Caixa) divulgou nota de repúdio ao que classificou como “desmonte” da instituição financeira.

“Se debater medidas que significam o enfraquecimento da Caixa é inadmissível, fazê-lo em um megaevento financiado com dinheiro público chega a ser deboche”, afirmou a entidade em nota.

Na mesma linha de redução de custos, a Caixa também aprovou o compartilhamento de compras e serviços com outras instituições financeiras públicas, como o Banco do Brasil e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

A avaliação no conselho do banco é que essas medidas são necessárias para corrigir os indicadores de eficiência da Caixa, que estão abaixo do restante do mercado.

*Folha



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