Foto: André Nery/MEC
Responsável pela aplicação do próximo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que começa neste domingo (4), Maria Inês Fini, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Estatísticas Anísio Teixeira (Inep), também esteve por trás da própria criação do Enem, em 1998, quando integrou a equipe do então presidente Fernando Henrique Cardoso.
Em entrevista ao G1, a educadora disse acreditar que a consolidação do Enem como política pública transcende as gestões do governo federal, e não deve sofrer muitas alterações após a posse de Jair Bolsonaro, presidente eleito no último dia 29.
A equipe de transição começa a trabalhar em Brasília a partir de segunda (5). Bolsonaro anunciou 5 ministros, mas não decidiu ainda sobre o ministro da Educação e se a pasta sofrerá alterações. O presidente eleito estuda mudanças e pretende enxugar o número de ministérios.
A Educação pode incorporar os ministérios da Cultura e do Esporte, de acordo com reportagem publicada pelo O Globo na última quarta (31). Segundo o jornal, está sendo estudado a possibilidade de o ensino superior ser incorporado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Mas nada foi anunciado oficialmente pelo novo governo.
Perguntada sobre possíveis alterações na configuração do MEC, que podem afetar diretamente a atuação do Inep, a educadora disse que “ainda é cedo” e preferiu não comentar. “Tudo é especulação, não posso fazer especulação nenhuma, sinceramente.”
Fini explicou que o processo de transição ainda não teve início e que a coordenação das reuniões está por conta do ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva.
“Não começamos a transição, mas na transição faremos o possível para que esses ganhos sejam mantidos.”
Nesta quinta-feira (1º), Onyx Lorenzoni, que assumirá a Casa Civil, levou ao presidente eleito dois estudos sobre as possíveis novas configurações dos ministérios, que contemplam entre 15 e 17 ministérios.
Fonte G1