O Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2023, estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com dados de 2022, revela que os trabalhadores formais na Bahia têm um ganho salarial aproximadamente 115,9% superior aos informais. Enquanto o trabalhador formal recebe, em média, R$ 2.304, o valor diminui para R$ 1.067 na informalidade.
Em Salvador, essa disparidade é um pouco menor, mas ainda significativa. O trabalhador formal recebe em média R$ 3.162, enquanto um trabalhador informal ganha R$ 1.631, representando uma diferença de 93,9%.
A análise de gênero aprofunda essa desigualdade, mostrando que homens com trabalhos formais na Bahia têm uma renda mensal de R$ 2.534, enquanto mulheres em empregos informais recebem R$ 992, em média. Em Salvador, a discrepância aumenta, com homens formais ganhando R$ 3.424, e mulheres informais recebendo R$ 1.273, representando uma diferença de 169%.
No recorte racial, a desigualdade persiste. Uma pessoa branca com emprego formal na Bahia recebe, em média, R$ 3.648, mais que o triplo (255,2%) do recebido por uma pessoa preta ou parda no trabalho informal, que ganha R$ 1.027. Em Salvador, essa disparidade é ainda mais marcante, com uma pessoa branca com emprego formal ganhando R$ 5.686, cerca de 266,8% a mais que uma pessoa preta ou parda com trabalho informal, recebendo R$ 1.550.
O estudo também destaca que 57,9% da população baiana possui ocupação, sendo a 5ª maior taxa do país em 2022. A informalidade é mais prevalente entre pretos e pardos (58,7%) em comparação com brancos (51,9%).
