MPF do Paraguai denuncia militares acusados de armar facções brasileiras

Armas apreendidas no Paraguai durante a operação contra quadrilha comandada por Diego Dirísio — Foto: Divulgação

O Ministério Público Federal do Paraguai (MPF-PY) denunciou nesta quinta-feira (8) militares paraguaios acusados de tráfico internacional de armas para facções criminosas brasileiras. A denúncia inclui altos oficiais que administravam a Dimabel, órgão das forças armadas paraguaias responsável pelo controle, registro e fiscalização de armamentos importados.

Os crimes imputados aos militares paraguaios são corrupção, organização criminosa, lavagem de dinheiro, contrabando de armas, tráfico de influência e fraudes. A denúncia é baseada na cooperação internacional entre Brasil e Paraguai, que resultou na apreensão de 1,8 mil armas no Paraguai em uma operação conjunta da Polícia Federal e das autoridades paraguaias realizada na terça-feira (5).

A investigação da Polícia Federal da Bahia identificou que a Dimabel era usada pelos militares paraguaios para facilitar o contrabando de armas para o Brasil. As armas eram enviadas para facções criminosas como o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital (PCC).

O MPF-PY informou que novas denúncias serão apresentadas futuramente com base no resultado da operação desencadeada esta semana.
A investigação começou em 2020, quando pistolas e munições foram apreendidas em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia. As armas estavam com o número de série raspado, mas, por meio de perícia, a PF conseguiu obter as informações e avançar na investigação.

Segundo a polícia, Dirísio comprava armas fabricadas em países como Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia, para revender a criminosos brasileiros.



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