Alemães protestam em massa contra xenofobia e extrema direita: ‘Unidos contra o racismo’

Organizadores estimaram mais de 150 mil pessoas na manifestação. Partido de extrema-direite AfD pode se sair bem na Bavária nas eleições estaduais neste domingo.

Milhares de pessoas se manifestam neste sábado (13) em frente ao Portão de Brandeburgo, em Berlim — Foto: Michele Tantussi/Reuters

 

 

Manifestantes de toda a Alemanha marcharam em Berlim neste sábado (13) contra a xenofobia e a extrema direita em um dos maiores protestos do país nos últimos anos.

Os organizadores estimaram, segundo a agência Reuters mais de 150 mil pessoas na manifestação. De acordo com a Associated Press, o número chegou a 240 mil, também segundo relatos de organizadores.

A manifestação deste sábado seguiu protestos contra a imigração em várias cidades do leste e um aumento no apoio ao partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) antes das eleições estaduais no domingo.

Um porta-

Protesto contra xenofobia e extrema-direita é realizado neste sábado (13) em Berlim, na Alemanha — Foto: John Macdougall/ AFP

voz da polícia se recusou a estimar o tamanho da multidão no protesto, que foi organizado por grupos de direitos humanos, incluindo a Anistia Internacional.

s manifestantes carregavam cartazes em que diziam “Construa pontes, não paredes”, “Unidos contra o racismo” e “Somos indivisíveis – por uma sociedade aberta e livre”. Alguns dançavam música pop em um dia quente de outono.

A chegada de mais de um milhão de migrantes, muitos de zonas de guerra no Oriente Médio, aumentou o apoio à AfD. Estima-se que a legenda se saia bem na eleição na Bavária, que costumava ser uma fortaleza do partido conservador União Social Cristã, que integra o governo de coalizão federal da chanceler Angela Merkel.

Repercussão política

Entre os apoiadores, está o ministro de Relações Exterioires Heiko Maas. Ele elogiou a manifestação ao jornal “Funke”, e disse que os protestos são um “grande sinal” de que “a maioria do nosso país é a favor da tolerância e da abertura política”.

O braço em Berlim da CDU, o partido conservador moderado de Angela Merkel, no entanto, tomou distância dos protestos. O oficial sênior da legenda, Stefan Evers, argumentou que há várias “organizações suspeitas” incluídas entre os manifestantes, segundo a agência Associated Press.

Ataques contra estrangeiros

Em agosto, grupos de extrema-direita na cidade de Chemnitz, no leste do país, entraram em confronto com a polícia e perseguiram pessoas que acreditavam ser estrangeiras após o esfaqueamento fatal de um alemão ter sido atribuído a dois migrantes.

Protestos semelhantes ocorreram em Dresden, Koethen e outras cidades do leste.

No entanto, o número de ataques violentos contra refugiados e contra abrigos na Alemanha caiu drasticamente no primeiro semestre deste ano.

Fonte:g1.globo



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