Em entrevista ao radialista Léo Valente, no programa ‘Levante a Voz’ da rádio Andaiá FM, o delegado Roberto Leal, que investiga a morte do médico Andrade Lopes (leia aqui), detalhou partes do depoimento de Geraldo Freitas, que confessou ter assassinado Andrade.
“Ele disse que até o dia 24 ele era amigo de Andrade, não tinha nenhum problema com ele, nenhuma inimizade, e que no dia 24 de manhã ele teria recebido uma ligação de um familiar que é ligado a uma religião, e que esta pessoa teria dito a ele que teve um sonho premonitório de que ele seria morto por dois homens e que iam dar dois tiros contra ele e que neste sonho as pessoas usariam a camisa de um time para sufocar ele, e ele acreditou no sonho porque no dia ele estava usando a camisa do time. Então ele ficou pensando nisso o dia todo” essa foi a versão apresentada pelo homem aos investigadores, segundo Leal.
O delegado ainda contou ao repórter Valente que Gilberto teria dito que quando ele se encontrou com Andrade ele teria lido conversas dos celulares do médico. Segundo Gilberto, Andrade tinha conversas com uma terceira pessoa que era desafeto dele. Este fato teria reforçado as suspeitas do acusado de que Andrade iria tentar contra a vida dele.
O homem ainda contou à polícia que Andrade conduzia a moto aquática no momento do homicídio.
Os dois estavam em uma moto aquática, e Gilberto teria exigido que a vítima entregasse o celular a ele. “Ele queria provar a Andrade de que ele estaria certo que Andrade estaria planejando a sua morte. Andrade não entregou o celular, ele teria sacado a pistola, colocou contra a cabeça de Andrade e voltou a exigir, como Andrade não entregou o celular, ele acabou efetuando o disparo de arma de fogo”, detalhou o delegado ao Blog do Valente.
Segundo o delegado a vítima e o assassino eram amigos há cerca de 5 anos. Após o caso, a polícia está investigando se Geraldo teria cometido outros crimes. Até o momento, segundo Leal, há uma denuncia acusando o Geraldo de utilizar o registro de CRM (Conselho Regional de Medicina) de um outro médico.
Arma do crime
A arma utilizada no crime havia sido comprada por Andrade na mão de Geraldo.
“A arma foi comprada em quatro parcelas, Andrade já teria pago três dessas parcelas, e a quarta estava para pagar quando o documento fosse providenciado, o documento que autoriza o porte e a posse de uma arma de fogo. É bom acrescentar que foi justamente com esta arma que foi negociado com Andrade que o autor utilizou para ceifar a vida da última”, explicou o delegado.
O interrogatório de Geraldo levou cerca de 7hs. Geraldo está preso no Presídio Regional de Feira de Santana.
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