Lauro de Freitas: jovem é baleado, perde rim e hospital entrega órgão à família em saco plástico

Unidade médica disse que entregou rim para que família levasse órgão para fazer biopsia. Conselho Regional de Medicina diz que prática não é adequada.

Hospital entrega rim em saco plástco

Familiares de um jovem de 21 anos cobram respostas do Hospital Geral Menandro de Farias, em Lauro de Freitas, após receberem da equipe médica da unidade o rim do rapaz em um saco plástico.

Segundo informações da TV Bahia, o jovem teria passado por uma cirurgia na Unidade Médica, depois de ter levado um tiro e perder um dos rins. A família alega que recebeu o órgão dentro de um saco plástico.

Segundo relatos da companheira do paciente, que o acompanhava nos atendimentos foi chamada pela equipe médica e informada de que precisaria pegar “uma peça do namorado”.

Ao chegar à área do hospital em que o material seria retirado, ela percebeu que estava segurando o rim do companheiro e ficou assustada. Segundo a mulher, o órgão foi entregue junto com uma solicitação de exame de anatomia patológica, e a indicação de clínicas onde o procedimento poderia ser feito.

O pai do rapaz disse que chegou questionar o hospital pela forma com que o órgão foi entregue e disseram que não havia necessidade de ficar assustados com a situação, pois era normal que pessoas ficassem sem um dos rins.

“É uma situação muito complicada, difícil. A gente fica estarrecido com uma situação dessa. Eu queria uma resposta do hospital, porque eu nunca vi uma coisa dessas. O hospital é um órgão, um rim de uma pessoa e dá para os familiares levarem para casa e poder fazer exame. É uma situação difícil, eu quero do hospital uma resposta”, pediu ele.

Em nota a Sesab disse que houve uma falha no fluxo do atendimento, que foi corrigida. Além disso, reforçou que o material foi entregue novamente ao hospital que providenciará a biópsia.

O presidente do Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb), Otávio Marambaia, afirmou que o rim de um paciente não deveria ter sido entregue à família e sim acondicionado corretamente e encaminhado para o Laboratório de Anatomia Patológica.

Conforme Otávio, o procedimento correto é que o próprio hospital encaminhe o material para laboratórios que façam os exames.

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