Em uma iniciativa conjunta da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e da Câmara Municipal de Cachoeira, está programada uma audiência pública, nesta quinta-feira (04) às 19h, com o intuito de discutir a retomada da fabricação de navios, plataformas e sondas, e consequentemente, a recuperação de milhares de empregos no Recôncavo Baiano.
De acordo com Deyvid Bacelar, coordenador geral da FUP e facilitador do evento, a revitalização do Estaleiro Enseada do Paraguaçu e a Reabertura do Canteiro São Roque, ambos em Maragogipe, são cruciais para impulsionar a economia regional.
Bacelar destaca a importância dessas medidas como um potencial gerador de empregos e renda. Ele ressalta que durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, houve uma significativa perda de postos de trabalho, totalizando 1,5 milhão de empregos evadidos.
Atualmente, Bacelar lidera um movimento pela retomada das atividades no Canteiro de São Roque, em Maragogipe, que já gerou até 7.500 empregos diretos, conforme relatado pelo dirigente.
No entanto, ele lamenta os impactos negativos decorrentes da Operação Lava Jato, que resultaram em uma “terra arrasada” para a indústria naval e de engenharia brasileira. Bacelar atribui à operação a quebra de diversas empresas, como Odebrecht, OAS, Camargo Correia, Queiroz Galvão, entre outras, ocasionando a perda de milhões de empregos.
A expectativa é que a Petrobras emita em breve um edital para a construção de 38 embarcações de apoio e quatro grandes navios para a cabotagem na costa brasileira, o que pode proporcionar uma oportunidade para empresas brasileiras voltarem a disputar grandes obras. Bacelar enfatiza a necessidade de políticas que favoreçam a participação da indústria nacional, visando a geração de empregos locais.
Sua luta, segundo ele, é para que a Petrobras lance o edital com condições que incentivem a participação da indústria nacional, valorizando a mão de obra brasileira e gerando empregos dentro do país.
