Passaram-se 12 anos desde o trágico acidente que mudou a vida da então estudante Paloma de Souza Ventura, na época com 25 anos. Em um grave incidente ocorrido na cidade de Amargosa, Paloma foi empurrada de um carro em movimento por seu então namorado, Cícero Leandro, resultando em lesões que a deixaram tetraplégica.
Atualmente com 37 anos, Paloma Ventura ainda enfrenta as consequências devastadoras daquele fatídico dia. Ela agora reside com sua mãe, que se dedica integralmente aos cuidados de sua filha.
O acidente deixou Paloma com um traumatismo craniano severo, causando perda de parte de seu cérebro e acarretando em várias sequelas debilitantes, incluindo disfagia, alterações esfincterianas e episódios de convulsões. Ainda assim, mesmo diante dessas adversidades, Paloma consegue balbuciar algumas palavras e está ciente do que aconteceu com ela e do que se passa atualmente.
Em 2019, o caso tomou novos rumos e uma nova reprodução simulada do caso foi marcada pela justiça, quando Paloma, por meio de videoconferência, participou de uma audiência no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Na ocasião, ela confirmou categoricamente que seu ex-namorado, Cícero Leandro, foi o responsável pelo ato que a deixou tetraplégica.
Em entrevista ao repórter Antônio Carlos, da Andaiá FM, o advogado da família de Paloma disse que a simulação da tentativa de homicídio, a aconteceu na última segunda-feira (28), ocorreu sem intercorrência.
“A nossa função é buscar a verdade e a justiça. A reprodução aconteceu sem nenhuma intercorrência, que prejudicasse o evento da produção probatória. Então, no momento a gente aguarda agora o resultado dessa reprodução simulada que é extremamente atípica. No caso de Paloma existiram duas reproduções simuladas então é um fato que chamou a atenção inclusive da mídia a nível nacional”, disse o advogado Alonso Guimarães.
Ainda conforme Guimarães, se o relatório confirmar a versão da vítima, Cícero Leandro, que aguarda o processo em liberdade, pode ser condenado por tentativa de homicídio qualificado.
“Paloma é uma mulher forte e guerreira. Ela está lutando pela justiça há doze anos e estamos confiantes de que ela conseguirá a condenação do seu agressor”, completou.
