Após acidente com 47 feridos, sistema ferroviário de Salvador opera com um trem e tem intervalo de 1h20 entre viagens

O sistema ferroviário de Salvador opera com apenas um trem nesta segunda-feira (4), três dias após a batida que deixou 47 feridos e danificou as duas composições envolvidas no acidente.

De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado (Sedur), responsável pela Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), que administra o transporte, a redução de composições em operação deve seguir pelo resto da semana, enquanto os trens danificados passam por manutenção.

Como o funcionamento foi reduzido, o tempo de espera entre uma viagem e outra foi ampliada de uma média de 45 minutos para 1h20.

O sistema ferroviário voltou a operar ainda no sábado (2), um dia após o acidente. O caso ocorreu na tarde da sexta-feira (1º).

Segundo informações do engenheiro da Defesa Civil de Salvador (Codesal), José Palma, um dos trens não conseguiu frear e bateu no outro transporte. Ainda não há informações sobre o motivo dos veículos estarem no mesmo trilho.

De acordo com o coordenador de urgência do Samu, Ivan Paiva, 41 das pessoas feridas foram atendidas pelo serviço. Outras 6 pessoas foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros, conforme informou subcomandante do 1º Grupamento de Bombeiros Militares (GBM), Leandro Vialto.

Em setembro deste ano, um dos trens descarrilou e deixou ao menos uma passageira ferida. Segundo testemunhas, havia um container no trilho em que o trem estava se deslocando, entre os bairros de Plataforma e Calçada, e, para não haver uma colisão, o maquinista freou bruscamente, causando a saída dos trilhos. Após o acidente, o serviço ficou suspenso por cerca de 3h para manutenção.

Ainda em setembro deste ano, um trem que estava parado na Estação Lobato sofreu uma explosão na rede elétrica. A situação gerou pânico nos passageiros e alguns deles ficaram levemente feridos depois que pularam do veículo em direção aos trilhos. As chamas foram debeladas pelo Corpo de Bombeiros.

A última reforma do Estação da Calçada foi finalizada em 2019, com recuperação total do saguão principal, pintura, recuperação do teto, fachada e etc. As demais 9 estações contam com manutenção constante, mas são edificações mais simples, diferente da Estação Calçada que é um prédio histórico.

O sistema é antigo e todos os trens possuem fabricação superior a 50 anos. As peças de reposição não são mais encontradas no mercado, tornando difícil o processo de manutenção do material rodante (trens).

O sistema transporta uma média de 10 mil passageiros/dia útil. Passagem: R$ 0,50 inteira/ R$ 0,25 meia. São 13,6 quilômetros de extensão entre Paripe e Calçada feito em 40 minutos. São 10 estações: Calçada, Santa Luzia, Lobato, Almeida Brandão, Itacaranha, Escada, Praia Grande, Periperi, Coutos e Paripe.

*G1



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