Família identifica corpo de homem morto após ser espancado em Salvador

Foto: reprodução

O corpo de Willys Santos da Conceição, de 27 anos, morto depois de ser espancado por quatro homens no Corredor da Vitória, bairro nobre de Salvador, foi reconhecido pelo irmão, Florisvaldo Conceição, no Instituto Médico Legal (IML), nesta quarta-feira (27).

O corpo da vítima ficou quatro dias no instituto.

Em entrevista ao Bahia Meio Dia, programa da TV Bahia, Florisvaldo Conceição afirmou não acreditar que o irmão tentou assaltar os suspeitos do espancamento e sim que ele foi pedir um cigarro aos rapazes.

Os dois ex-músicos da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) seguem presos nesta quarta-feira (27).

“Não tem como eles fazerem aquilo com um jovem daquele, que tem família, dizendo que mora na rua. Ele não morava na rua, ele tem casa, tem família”, disse o irmão da vítima.

Willys Santos da Conceição foi preso em 2020 e condenado a seis anos de prisão pelo crime de furto. Ele cumpriu dois anos da pena no Complexo Penitenciário da Mata Escura e respondia ao processo em regime semiaberto.

“Ele já foi preso por furto, mas o passado da pessoa não condena. O que vem agora é o presente, da pessoa amadurecer, procurar a melhora de estar ali trabalhando, dando o melhor. Dessa forma, que as pessoas saem”, pontuou Florisvaldo.

Vítima morava em Fazenda Coutos e já participou de projeto musical

Florisvaldo Conceição relatou ainda que chegou a ver uma foto do corpo do irmão morto. Segundo ele, o rosto de Willys estava desfigurado, o que desmentiria a versão dos suspeitos de que teriam apenas imobilizado a vítima.

“Quando vi a foto de meu irmão no Nina (apelido do Instituto Médico Legal de Salvador), quando me mostraram, vi que a face estava destruída. Se eles fizeram uma covardia daquela, eles têm que pagar pelo fato que fizeram”, lamentou.

No momento da ocorrência, a vítima estava sem documentos e precisou ser identificada por meio da impressão digital.

O irmão da vítima disse ainda que a vítima morava com ele no bairro Fazenda Coutos, localizado no subúrbio de Salvador e deixou um filho de 3 anos. Quando mais jovem, participou do Projeto Axé, onde tocava repique.

“Agora uma criança de 3 anos vai procurar o pai e vai achar como?”, questionou.

O sepultamento de Willys acontecerá na quinta-feira (28), às 10h, no Cemitério de Plataforma, no subúrbio de Salvador.



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