Saj: Coletivo de Mulheres Negras comemora sucesso no II Encontro das Pretas na UNEB

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O Coletivo de Mulheres Negras Luiza Bairros de Santo Antônio de Jesus comemorou o sucesso no I Encontro das Pretas realizado na segunda-feira (25), na Uneb Campus V, em Santo Antônio de Jesus. O evento marcou o Dia internacional da mulher negra Latinoamericana e Caribenha.

Segundo a presidente do Conselho Municipal do Direto da Mulher e também membro do coletivo, Yonara Peixoto, o evento tem o objetivo de propor reflexões.

“Quando a gente traz essas questões a gente tem dados que são reais e a gente precisa refletir sobre eles. Por exemplo, quem mais morre hoje vitima de feminicídio no contexto da violência domestica é a mulher negra. As mulheres que sofrem mais violência sexual, a cultura do estupro esta presente na  mulher negra. São elas que têm a escolaridade mais inferior e que ocupam os espaços de trabalho mais subalternizados, nos espaços domésticos. Ela não conseguiu ainda superar ir para os espaços mais privilegiados, estar nas universidades. Então são algumas realidades que a gente tem e que precisa discutir o porquê ainda a mulher negra continua vivendo esse cenários de outras violências”, explicou.

Segundo ela, este é um cenário que não está distante da realidade em Santo Antônio de Jesus. “aqui em Santo Antônio de Jesus  perdura essa realidade e nós enquanto  coletivo de mulheres negras traz agora como pauta de agenda a mulher negra, inclusive dos prefeiturados que se colocam na condição de candidatos, em Santo Antônio de Jesus temos essa realidade que é gritante e que é preciso ser discutida”, afirmou.

De acordo com a professora Dra. Suely Santana e também docente da Uneb – Campus V, com o evento e reflexão proposta, espera-se que a discriminação e o preconceito diminuam.

“Neste momento estamos realizando isso a partir  das mulheres negras, mas ideia é que reflitamos sobre as questões e demandas que nos dizem respeito mais diretamente, mas claro, pensando no coletivo, pensando na sociedade como um todo e pensar em estratégias para lidar com isso para que a gente tenha um futuro melhor. Esta é a ideia”, reforçou.

Para Letícia Silva, membro do Coeltivo, a discussão sobre a mulher negra tem outras demandas na sociedade. “A mulher negra tem uma demanda muito grande porque ela enfrenta o machismo e o racismo e isso causa um impacto desde as infância, causa uma desconstrução da autoestima muito forte e causa prejuízo imenso no psicológico. Essa discussão é fundamental do coletivo, ficamos muito feliz porque tivemos um publico significativo de uma galera grande, de estudantes de nossa sociedade”, disse.

(Blog do Valente)

 



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