Promovida pela Rádio Andaiá FM, a rodada de entrevistas com os candidatos à prefeitura de Santo Antônio de Jesus iniciou na segunda-feira (05). O primeiro candidato entrevistado, Dr. Everaldo Júnior destacou a atual conjetura política do município e apresentou suas principais propostas. No setor de infraestrutura, o candidato pontuou a precariedade no espaço da feira livre, os recursos públicos, a transferência do Derba, além da situação do trânsito no município. Já no setor de emprego e renda, Everaldo destaca a criação programas de estágios. Confira a entrevista na íntegra:
Repórter Itajay Júnior: a população tem reclamando bastante de muitos aspectos da infraestrutura. quais são as suas propostas para melhorar o trânsito da cidade?
EVERALDO JR: A questão da infraestrutura de Santo Antônio de Jesus não é apenas o trânsito, mas a gente vem observando que ao longo desses dez anos a forma como a gestão pública foi encarada é a mesma, desde Álvaro Bessa até agora com Humberto Leite. A gente tem um canal do Mutum que até hoje não acabou essa obra, são vários investimentos, mas de 12 milhões já foram empregados naquele canal e a gente não sabe o que se fez com esses recursos públicos.
Temos que encarar a questão da infraestrutura com mais seriedade, temos visto a forma desordenada que está sendo feita a infraestrutura do município, as ruas estão sendo asfaltadas de forma aleatória, não há um planejamento, não há uma finalização desse asfaltamento com a sinalização necessária. O que nos queremos fazer é uma gestão diferente de tudo o que está aí. Nós estamos cansados de ver o mesmo modelo de gestão e agora com as mesas figuras, só que mudaram de posição.
A gente vem encarar a questão de infraestrutura com o olhar que a gente lamenta, perdemos uma usina de asfalto. Perdemos o Derba aqui na nossa cidade, porque o Deputado Rogério Andrade votou a favor da sua extinção, o prefeito é engenheiro residente e permitiu que essa usina fosse para Valença e hoje compramos um asfalto caro para nossa cidade. Nossas sinaleiras quando não funcionam, estão antigas. Nós temos que ter um preocupação com o próximo 2 de outubro, nós seremos responsáveis por aqueles nós escolhemos como gestores da nossa cidade e todos esses já tiveram suas oportunidade, mas não fizeram o seu dever de casa.
IJ: Quais são seus planos para os bairros que ainda não receberam nenhum tipo de pavimentação?
EJ: o que nós estamos querendo fazer é uma gestão participativa, não podemos fazer a política de grupinhos para beneficiar amigo ou parente. A primeira rua que o prefeito asfaltou foi a rua da sogra, no Alto do Sobradinho. Nas nossas caminhadas a gente observa o descredito que as pessoas têm com os políticos profissionais.
IJ: A feira livre do município, já não cabe em si. Qual é o seu plano em relação a essa situação?
EJ: A gente vê as pessoas reformarem os galpões de uma forma que não funciona. Já passou da hora da gente ter uma central de abastecimento, uma feira mais organizada, com as condições mínimas de higiene obedecendo as regras da vigilância sanitária.
IJ: Sobre geração de emprego e renda, principalmente para o primeiro emprego, o que o sr. pretende fazer, caso chegue à prefeitura
Em primeiro lugar, mudar o modelo de gestão de O prefeito Alvaro Bessa teve como Secretaria de saúde a sua esposa, Eliane. O ex-prefeito Euvaldo Rosa teve como Secretaria da saúde, Márcia Rosa. Quando fui vereador de vereador conseguimos acabar com isso, a lei do nepotismo, obrigando Euvaldo Rosa a demitir a sua esposa, Márcia Rosa. Nós queremos dar oportunidade igual as pessoas, através de concursos público, acabar essa história de só ter emprego na prefeitura quem é amigo ou é parente do prefeito. Começa a girar emprego dessa forma, diminuindo os cargos comissionados e valorizar cargos efetivos, estimulando as empresas que já existem na cidade, criando projeto de lei que quando mais emprego ela gerar, menos impostos ela vai pagar. A gente vai gerar empregos através dos estágios remunerados, tendo como orientadores os jovens universitários. O que não só queremos é acabar esse modelo antigo de só favorecer amigos e parentes.
IJ: As estradas da zona rural, principalmente não período de chuva, os produtores sofrem bastante. O sr. tem algum projeto para pavimentar algumas vias principais de acesso às localidade da zona rural do município?
EJ: Nós não podemos ver os moradores da zona rural como coitadinhos. O que falta é planejamento para a execução não só para essas estradas, mas também para dar acesso às crianças de irem e voltarem da escola. Também para implantar o turismo rural, resgatar a cultura, devolver Expomandioca. A zona rural precisa de uma patrulha para questão da segurança pública. Essa história do deputado de dizer que trouxe água e energia é um engodo, são projetos do Governo Federal, Água para Todos e o Luz para Todos. Nós queremos fazer uma escola agrícola para melhorar o manejo, para fazer com o que o seus produtos tenham ainda mais qualidade. Então é dessa foram que queremos trabalhar.
(Blog do Valente)
