Dizem, na política, que reverter vitória na urna é difícil. Para os mais calorosos, o “ganhou na urna, já era” é o que se ouve nas rodas de conversa e balcões de bar, onde o termômetro de audiência é medido em conversas constantes e paralelas. Em Governador Mangabeira, no Recôncavo Baiano, quase três meses após o resultado das eleições e faltando pouco mais de 10 dias para os eleitos assumirem, uma reviravolta tomou conta da cidade.
O atual presidente da Câmara de Vereadores, Edgar Henrique (PEN), teve suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios em 2013. Por isso, tanto o Ministério Público Eleitoral e o vereador Dr. Cói entraram com o pedido para indeferi a candidatura dele à reeleição. O TRE-BA aceitou o pedido e os votos de Dr. Edgar acabaram não sendo computados pelo Cartório Eleitoral.
No entanto, o candidato correu atrás do prejuízo e conseguiu, no último dia 18 de dezembro, uma liminar assinada pela Ministra Luciana Lóssio, do Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília, onde ela pede que os votos para vereador na cidade sejam recontados, alegando, principalmente, que nem toda desaprovação de contas enseja a causa de inelegibilidade.
Com a recontagem, pode haver mudanças nas cadeiras dos vereadores eleitos e diplomados na semana passada, já que a votação de Edgar Henrique foi de 310, o que pode alterar o coeficiente eleitoral na contagem geral. A decisão da Ministra Luciana Lóssio será cumprida no Fórum da cidade de Muritiba na próxima segunda-feira, 26.
Edgar Henrique é aliado da atual prefeita Domingas da Paixão, PT, que deixa o cargo no próximo dia 31, após 8 anos governando a cidade.
