A gestão parou. Pelo menos, é o que se ouve nas ruas de Santo Antônio de Jesus, no recôncavo baiano, desde a semana seguinte às eleições que consagrou Rogério Andrade (PSD) prefeito para os próximos quatro anos, com 57,52 % dos votos válidos.
Enquanto isso, o ex aliado de Andrade e atual prefeito Humberto Leite (DEM), que tentava a reeleição, enfrenta a derrota de uma forma inusitada. Com obras paradas, a exemplo das Unidades Básicas de Saúde, problemas com coleta de lixo, a educação também passa por um final de ano letivo difícil.
A presidente da APLB de Santo Antônio de Jesus, Jucilene Barreto, em entrevista a uma rádio local, afirmou que está preocupada quanto ao cumprimento dos 200 dias letivos de aula.
Além disso, a sindicalista apontou várias críticas, realizadas através de um relatório entregue ao Ministério Público e a atual Secretária de Educação, Ely Mary Peixoto Bitencourt.
“Segundo o Ministério Público, a Secretaria de Educação informou que a situação estava resolvida em relação ao transporte escolar, que não estavam rodando devido à falta de pagamentos e a questão dos auxiliares da creche”, declarou, afirmando que os auxiliares de creche foram demitidos após as eleições, prejudicando a logística e a direção escolar.
De acordo com Jucilene, ainda é pior a situação física das unidades escolares. “Dá pena chegar nas unidades e ver os alunos estudando nas escolas e creches. Passamos um ano recebendo denúncias e a Secretaria informava que estava dependendo da burocracia. O ano passou e elas não foram pintadas, nem reformadas”, afirma.
Ainda na entrevista, a presidente da APLB diz que as escolas que receberam alguma intervenção, como reforma ou pintura, foi feita com o recurso próprio destinado a escola e, até mesmo, com dinheiro pessoal do diretor.
Agora, Ministério Público e APLB vão negociar com a próxima gestão a solução para que os estudantes de Santo Antônio de Jesus possam estudar com a dignidade que merecem.
