SAJ: Comerciantes protestam com a retirada de barracas no galpão de sapatos e secretária informa que elas estavam em desuso

Imagem: Reprodução

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento promoveu na madrugada desta quinta-feira (07) a retirada de barracas no galpão de sapatos, na feira livre de Santo Antônio de Jesus.

A decisão, segundo os comerciantes que detém barracas no local, foi tomada como surpresa.

Em entrevista ao repórter Tino Alves, comerciantes se mostraram revoltados com a situação e alegam que não foram informados da decisão da secretaria.

“Minha família tem barraca aqui há mais de 30 anos. Eles trabalham com venda de calçados   e a secretária deu um prazo para retirarmos as barracas. Procuramos a secretária para conversar, mas ela é irredutível, não dá satisfação e não ouve ninguém”, disse um comerciante identificado como Ricardo.

Em entrevista ao Programa Levante a Voz da Andaiá FM, a secretária Dra. Nil Correia em entrevista ao radialista Léo Valente disse que todos os comerciantes, permissionários, que detém barracas naquele local foram devidamente notificados.

A secretária salientou ainda que a maioria das reclamações parte de comerciantes que detém um local, mas não faz uso ou até mesmo subloca, como apontou a queixa de um homem que mantém o local de forma esporádica expondo mercadorias para repasse.

“Nada é feito de forma aleatória. Tudo é estudado antes e após visitas regulares na feira, verificamos que no galpão de sapatos, as barracas estavam em desuso e o local estava sendo usado de forma irregular. As barracas, feitas de madeira, bem antiga, são criatórios de baratas, ratos e escorpiões”, disse.

Dra. Nil informou ainda que, as 17 barracas retiradas durante essa madrugada, não estavam sendo usadas há mais de dois anos, reforçando que o local era insalubre e estava abandonado.

“Não é verdade de que nenhum comerciante não consegue falar comigo. Estou sempre a disposição, todos os dias na Secretaria de Agricultura e também na feira livre. Recebo aos permissionários, visito pessoalmente cada barraca e há mais de 4 meses estou indo aquele galpão”, pontua.

Em relação as queixas, a secretária afirmou que um dos reclamantes, que se identificou como Ricardo, não é comerciante local e rebate a informação de que os comerciantes não foram notificados.

“Os comerciantes foram notificados há mais de um mês e temos lista de presença daqueles que se dirigiram a secretaria. A informação de que as barracas são passadas de pai para filho é equivocada. `um espaço público e as pessoas trabalham nele com permissão concedida”, fala.

Ainda conforme a secretária, todas as barracas removidas estavam em desuso e faz parte da proposta de requalificação da Feira Livre, cumprindo a determinação do decreto municipal de tamanho dos pontos e ordenamento do solo.

“Não estamos aqui para prejudicar ninguém. Pode ter certeza de que todo aquele comerciante, pequeno produtor, que trabalham no espaço, todos que tiram da feira livre o seu sustento, continuarão trabalhando”, completa.



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