PL dos Precatórios do Fundef é aprovado pela ALBA sem acréscimo de juros

Imagem: Reprodução

Na madrugada desta sexta-feira (25), a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) aprovou, por maioria de votos, o Projeto de Lei 25.033/2023, que trata do pagamento da segunda parcela dos precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) aos professores da rede estadual de ensino.

O governista de base, liderado pelo deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), propôs desafios consideráveis ​​na aprovação da matéria, apesar de dissuadir uma bancada maior, com 54 deputados. Nas últimas duas semanas, opositores e professores se envolveram em debates acalorados com a bancada governamental nas instalações da AL-BA. Essa pressão levou o governo a modificar a proposta original, enviando um projeto substitutivo para análise na Casa.

Após a aprovação, o líder da oposição, deputado Alan Sanches (União), expressou sua discordância em relação ao projeto. Ele justificou que os recursos em questão deveriam ter sido pagos há anos e foram alvo de disputa judicial devido ao não pagamento. O deputado enfatizou que o governo do estado busca quitar apenas o montante principal, ignorando os juros e correções de moedas acumuladas, o que ele considerou injusto.

A segunda parcela do Fundef, correspondente a 80% dos recursos, constitui um valor devido aos professores contratados entre os anos de 1998 e 2006. A questão central gira em torno do pleito dos educadores, representada pela Associação Classista da Educação e Esporte (Aceb) e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), pelo pagamento da dívida original, que ultrapassa um bilhão de reais, acrescida das devidas correções financeiras, ou seja, juros e multa.

O deputado Alan Sanches reiterou o apoio da oposição aos professores e refutou a alegação do governo de falta de recursos. Ele enfatizou que o dinheiro não pertence ao governo, mas sim aos professores.

Outro crítico do projeto foi o deputado Hilton Coelho, filiado ao PSOL e historiador de formação. Ele argumentou que a aprovação ocorreu em uma sessão “subterrânea”, orientada pelo governo, ou que, em sua opinião, envergonha o estado da Bahia. Hilton Coelho questionou por que o governador Jerônimo, que já foi professor, se opõe à categoria a quem pertence. Ele comparou a Bahia a outros estados, destacando que apenas dez possuem dívidas relativas ao Fundef, com quatro deles já realizando os pagamentos com juros e multas.

Parlamentares da base governamental também criticaram a proposta aprovada. Nos bastidores, alguns deputados revelaram à Bahia notícias que a expectativa inicial das discussões era alcançar um consenso que envolvia o pagamento de juros e multas, atendendo assim a um pleito legítimo da categoria.



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