Palmeiras perde para o Tigres e dá adeus ao Mundial de Clubes

Felipe Melo tenta parar Gignac, autor do gol do Tigres Foto: KARIM JAAFAR / STR

O sonho palmeirense durou pouco. Oito dias após a glória da conquista da Libertadores, o time paulista foi eliminado do Mundial de Clubes ao perder por 1 a 0 para o Tigres, do México, em Doha (QAT).

Apesar da elminação, a participação dos brasileiros no torneio ainda não acabou. O Palmeiras precisa decidir o terceiro lugar do torneio contra o perdedor de Bayern de Munique e Al Ahly, que se enfrentam nesta segunda.

A torcida palmeirense já deveria esperar por um jogo tenso e sem vida fácil para o campeão da Libertadores. Afinal, já virou tradição as equipes brasileiras começarem a semifinal com dificuldade. Foi assim com o Flamengo, que na edição passada foi para o intervalo perdendo por 1 a 0 para o Al-Hilal, e com o Grêmio, que em 2017 ficou no 0 a 0 com o Pachuca. Mas, no fim, os dois deixaram este peso para trás e garantiram sua vaga na decisão.

Mesmo não surpreendendo, a primeira metade do jogo já deu indícios de que havia motivos para preocupação. Nos cerca de 15 minutos em que foi melhor, o Palmeiras teve apenas mais posse de bola e marcava bem. Mas não conseguia infiltrar e concluir as jogadas com perigo. Não à toa, a melhor chance alviverde foi um chute de fora da área de Rony.

Os mexicanos parecem ter estudado bem o time de Abel Ferreira e não permitiram que os palmeirenses utilizassem sua melhor arma: os contra-golpes velozes. Já com a bola, o Tigres encontrou o caminho das pedras na bola alta (que obrigou Weverton a fazer uma ótima defesa já aos 3 minutos) e na individualidade de Gignac e de Quiñones. No primeiro tempo, foram três chances reais de gol para eles contra apenas uma dos brasileiros.

A situação do Palmeiras se complicou quando, na volta do intervalo, ficou claro que Abel Ferreira não conseguiu consertar os problemas. O Tigres ganhou o meio de campo e passou a chegar com mais facilidade ainda na área alviverde. O gol não demorou a sair. Aos 6, Luan só conseguiu segurar Gonzalez com um puxão na área. Pênalti que Gignac converteu.

Se taticamente o Tigres já era superior, depois do gol ele também passou a ser melhor emocionalmente. Os palmeirenses não conseguiram reagir. A falta de atenção se refletiu nos passes errados, na perda de bola fácil e no excesso de impedimentos.

Não que o Tigres seja melhor do que o Palmeiras. Na verdade, mostrou ter o mesmo nível técnico. Tanto que, na reta final da partida, o Palmeiras conseguiu (ainda que na base do abafa sem tática) pressionar e quase empatar. Não conseguiu. E o resultado foi mais que justo.

*Jornal Extra



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