A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tomou medidas após atos racistas direcionados ao zagueiro Robert Renan, da seleção brasileira Sub-20, durante a partida contra a Tunísia pelas oitavas de final da Copa do Mundo, realizada na Argentina. A CBF enviou uma representação à Fifa, órgão máximo do futebol mundial, solicitando providências sobre o incidente. Além disso, a CBF também fez uma denúncia à Justiça argentina, buscando punição aos envolvidos.
Os insultos racistas partiram de torcedores presentes no estádio Ciudad La Plata, e tiveram início quando o jogador, de 19 anos, deixou o campo após ser expulso no final do primeiro tempo. Os ataques continuaram nas redes sociais.
A CBF está tomando as medidas necessárias para combater o racismo no futebol e busca garantir que os responsáveis sejam devidamente punidos.
“A CBF condena veementemente qualquer tipo de ação discriminatória no futebol e não tolerará mais esses casos no esporte”, afirmou em nota a CBF. “Os perfis [dos autores dos ataques nas redes sociais] já estão protocolados pela CBF e serão enviados à justiça local e FIFA”.
Robert Renan, um jovem de 19 anos natural de Ceilândia (DF), foi alvo de ataques racistas enquanto deixava o campo nos minutos finais do primeiro tempo, após ser expulso por cometer uma falta como último homem da defesa da seleção brasileira. O jogador respondeu aos insultos exibindo o escudo da seleção e fazendo o sinal de cinco com a mão, em referência ao pentacampeonato mundial conquistado pelo Brasil. No entanto, as ofensas racistas continuaram nas redes sociais. Mensagens contendo insultos e imagens de macaco foram compartilhadas. Em resposta, o jogador brasileiro republicou as ofensas e declarou: “Lutar sempre, fugir nunca, recuar só se for pra pegar impulso, isso aqui é Brasil !!”.
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Os atos racistas contra Robert Renan ocorreram dez dias após o atacante Vinícius Júnior ser alvo de injúria racial na derrota do Real Madrid para o Valência no Campeonato Espanhol, organizado pela LaLiga. O caso gerou repercussão mundial. Em protesto aos atos racistas à Vini Jr, a CBF promoveu a campanha “Com racismo não tem jogo” na semana passada, em todos os jogos da oitava rodada do Brasileirão.