Vini Jr comandará novo comitê antirracismo da Fifa, afirma Gianni Infantino

– Joilson Marconne/CBF/Direitos Reservados

O atacante brasileiro Vinicius Júnior, vítima de repetidos ataques racistas durante o Campeonato Espanhol, foi escolhido para liderar um comitê especial antirracismo da FIFA, órgão regulador do futebol mundial. O anúncio foi feito pelo presidente da entidade, Gianni Infantino, durante uma entrevista à Reuters, enquanto visitava a concentração da seleção brasileira em Barcelona, onde a equipe se prepara para um amistoso contra a Guiné no próximo sábado (17), às 16h (horário de Brasília).

“Pedi a Vinícius que liderasse esse grupo de jogadores que apresentará punições mais rigorosas contra o racismo, que mais tarde serão implementadas por todas as autoridades do futebol em todo o mundo”, afirmou Infantino, após encontro com Vini Jr., com a seleção e o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

A decisão de nomear Vinicius Júnior para liderar esse comitê especial reforça o compromisso da FIFA em combater o racismo no futebol e promover a igualdade e a diversidade dentro e fora dos gramados. A escolha também reconhece o protagonismo do jogador brasileiro, que tem sido alvo de ofensas raciais, e busca utilizar sua influência para impulsionar mudanças significativas nessa área.

“Precisamos ouvir os jogadores e o que eles precisam para trabalhar em um ambiente mais seguro. Estamos levando isso muito a sério”, explicou Infantino. “Precisamos de punições mais duras. Não podemos tolerar mais racismo no futebol. Como presidente da Fifa, sinto que precisava conversar pessoalmente com Vinícius sobre o assunto”.

Infantino destacou a importância de combater o racismo no esporte e afirmou que a FIFA está comprometida em tomar medidas concretas para eliminar esse problema. O comitê liderado por Vinicius Júnior terá como objetivo desenvolver estratégias e propor iniciativas que promovam a educação, a conscientização e a tolerância no futebol, visando erradicar o racismo e a discriminação racial nos estádios e na sociedade como um todo. Infantino também foi enfático quanto à responsabilidade do árbitros no caso de manifestações racistas durante as partidas.

“Não haverá mais futebol com racismo. Os jogos devem ser interrompidos imediatamente quando isso acontecer. Basta!”, disse o dirigente.

Para Ednaldo Rodrigues, o engajamento da Fifa à luta antirracista no futebol é um endosso às iniciativas tomadas pela CBF no combate à discriminação racial no país.

“Somos a primeira federação do mundo a estabelecer perda de pontos como punição para essas situações no Regulamento Geral das Competições. E temos que ir além. No Brasil, semanas atrás, um torcedor foi identificado após ofensas racistas e acabou preso. Racismo é crime, não pode haver tolerância com crimes. Esperamos que a sociedade como um todo abrace essa causa”, defendeu o presidente da CBF.



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