Ainda na cadeia, travesti presa por morder policial faz desabafo em carta

“Só quero minha vida de volta”, declarou Verônica Bolina, que neste domingo (10), completa um ano presa. A travesti é acusada de tentar matar uma idosa, agredir uma transexual e uma mulher, brigar com policiais militares e ainda arrancar a orelha de um policial civil em São Paulo.

Segundo o site ‘G1’, de dentro da prisão, a maquiadora se corresponde com uma amiga e a mãe, que moram no interior do estado. “Parece que esse inferno não vai acabar nunca”, escreveu Verônica em carta foi enviada à sua mãe.

Nas cartas, a maquiadora demonstra culpa e compaixão. “Acabei com a minha vida” e “perdoai os que querem meu mal e orai por eles Maria” são frases escritas por ela.

A travesti de 26 anos nasceu como Charleston Alves Francisco, mas usa o nome social de Verônica Bolina, e ainda esta presa no Centro de Detenção Provisória (CDP), em Pinheiros, Zona Oeste da capital. Detida preventivamente, a maquiadora aguarda seu julgamento, ainda sem data prevista.

Em abril de 2015, na época do caso, Verônica ficou conhecida nacionalmente após imagens de supostas agressões sofridas por ela circularem nas redes sociais. O Ministério Público (MP) apura se ela foi torturada. Para a Defensoria Pública há indícios de tortura.

Grupos LGBTTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) criticaram a exposição e criaram grupos de apoio na web, como o #somostodosveronica, que pedia a punição de quem tirou e compartilhou as imagens, além da libertação da presa.

Nas redes sociais, os internautas questionam se houveram provas dos “crimes”, cometidos por Verônica, e se sim, por que somente ela foi punida. As pessoas que agrediram violentamente a travesti não sofreram punições, apontam usúarios de redes sociais. (Notícias ao Minuto)



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