O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi nesta segunda-feira a um tribunal de Manhattan para ouvir um promotor do Estado de Nova York acusá-lo de ganhar mais de 1 bilhão de dólares ao mentir sobre o seu império imobiliário, acusações que o político classificou de “golpe”.
O julgamento no tribunal no centro de Manhattan diz respeito a acusações da procuradora-geral do Estado, Letitia James, de que Trump teria inflado seus ativos e seu próprio patrimônio líquido entre 2011 e 2021 para obter empréstimos bancários em melhores condições e menores prêmios de seguro.
James está buscando pelo menos 250 milhões de dólares em multas, uma proibição permanente contra Trump e seus filhos Donald Jr. e Eric de administrarem empresas em Nova York e uma restrição de cinco anos às atividades imobiliárias comerciais de Trump e de sua principal organização, a Organização Trump.
Com os braços cruzados, Trump observou Kevin Wallace, do escritório da procuradora-geral, chamá-lo de “materialmente impreciso” ao descrever sua capacidade financeira a bancos e seguradoras.
“Isso não é normal, e não é a forma como partes sofisticadas lidam umas com as outras”, afirmou Wallace na abertura de sua fala. “Esses não são crimes sem vítimas.”
A procuradora-geral afirmou que Trump inflou seus ativos, incluindo sua cobertura na Trump Tower, em Manhattan, sua propriedade em Mar-a-Lago, na Flórida, e várias outras torres comerciais e clubes de golfe, aumentando sua fortuna estimada em 2,2 bilhões de dólares.
Christopher Kise, advogado de Trump, afirmou que as finanças de Trump e de toda a sua organização estão totalmente dentro da legalidade.
“É uma das marcas mais bem-sucedidas do mundo, e ele fez uma fortuna sendo correto quanto aos seus investimentos imobiliários”, argumentou. “Não houve a intenção de fraudar, não houve ilegalidade, não houve inadimplência, não houve violação, não houve dependência dos bancos, não houve lucros injustos e não houve vítimas.”