Após três dias foragido, Fernando Sastre de Andrade Filho, 24 anos, se entregou à polícia na tarde desta segunda-feira (6) e foi preso preventivamente. Ele era o motorista do Porsche envolvido na colisão que resultou na morte de um homem e deixou outro ferido, em 31 de março.
A entrega ocorreu na 5ª delegacia seccional (zona leste), três dias após a determinação de sua prisão, na sexta-feira (3). Segundo a Secretaria da Segurança Pública, após o exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal), na região central, Fernando passará pela audiência de custódia no Fórum da Barra Funda, o que deve ocorrer na terça-feira (7).
O empresário responde pelos crimes de lesão corporal gravíssima e homicídio doloso qualificado. No acidente, ele dirigia o Porsche a 156 km/h quando colidiu com um Renault Sandero, cujo motorista, Ornaldo Silva Viana, 52 anos, faleceu no local. O passageiro do Porsche, Marcus Vinicius Rocha, 22 anos, foi internado na UTI com baço retirado.
A defesa de Fernando alega que ele está “tranquilo” e que se apresentou espontaneamente, contrariando a versão da polícia de que ele não foi encontrado em sua casa no Tatuapé no sábado. O advogado Jonas Marzagão impetrou habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e classificou a prisão preventiva como “desproporcional”, defendendo que as medidas cautelares anteriormente impostas, como proibição de contato com testemunhas e suspensão da CNH, já eram suficientes.
O julgamento do pedido de liberdade está marcado para as 14h desta terça-feira (7) na 5ª Turma do STJ. A defesa argumenta que não há elementos no processo que justifiquem a prisão de Fernando e que a medida foi motivada pela pressão da mídia. Preocupado com a integridade física do cliente, o advogado Jonas Marzagão, caso a prisão seja mantida, solicitará à Justiça que Fernando seja transferido para o presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, alegando que ele “não tem condições de ir para um presídio normal”.
