Dilma entrega unidades do Minha Casa, Minha Vida em Feira de Santana

A presidente Dilma Rousseff inaugurou, nesta sexta-feira (18), 1.116 unidades habitacionais do programa “Minha Casa, Minha Vida”, em Feira de Santana, cidade a 100 quilômetros de Salvador. Esse foi o primeiro compromisso oficial da presidente após a posse de Lula como ministro da Casa Civil. Durante o discurso, no bairro Conceição II, a presidente foi aplaudida, teve faixas de apoio e gritos de “não vai ter golpe”.

“Todas as famílias que hoje recebem a chave da casa própria estão realizando seus sonhos. Essa conquista de hoje que vocês atingem tem que ser valorizada”, disse a presidente, que esteve ao lado do governador da Bahia, Rui Costa, de Jaques Wagner, ex-chefe da Casa Civil e atual chefe de gabinete da presidente, além do prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo.

Governador da Bahia, Rui Costa, durante evento com Dilma na cidade de Feira de Santana (Foto: Juliana Almirante/G1)

Também nesta sexta-feira, em Itabuna, cidade ao sul da Bahia, são inauguradas 900 unidades habitacionais do “Minha Casa, Minha Vida” no Conjunto São José, mas sem a presença da presidente Dilma Rousseff.

As novas moradias em Feira de Santana compõem três conjuntos habitacionais – o Residencial Viver Alto do Rosário e o Alto do Rosário, localizados no bairro Conceição II, e o Parque dos Coqueiros I, que fica no bairro Maria Quitéria.

Em Itabuna, o Conjunto Habitacional São José está situado no bairro de Ferradas. Os quatro empreendimentos totalizam um investimento de aproximadamente R$ 190 milhões e a previsão é de que mais de 10 mil pessoas sejam beneficiadas com as moradias.

Discurso
A presidente Dilma Rousseff, ao entregar as unidades habitacionais, disse que a “politização” da Justiça e do Ministério Público representa uma “volta atrás” na história.

Na última quarta (16), o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em primeira instância,retirou o sigilo de telefonemas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre essas conversas, estão diálogos dele com Dilma e Jaques Wagner (ex-ministro da Casa Civil e novo ministro-Chefe de Gabinete da Presidência). Desde então, a própria presidente tem declarado que o juiz violou a lei e tomará providências.

“O meu governo garantiu autonomia para a Polícia Federal investigar quem fosse necessário. O meu governo respeita o Ministério Público e o Judiciário. Agora, nós consideramos uma volta atrás na roda da história a politização de qualquer um desses órgãos. Nada nem ninguém pode defender uma polícia ou Justiça que seja a favor de alguém por critério político.”, declarou Dilma.

“Não é possível aceitar qualquer grau de politização, em qualquer ação de investigação, no nosso país. É uma volta atrás, um retorno a páginas atrasadas na nossa história”, acrescentou a presidente no evento.

No discurso, que durou cerca de meia hora, Dilma criticou diretamente a divulgação dos áudios por Sérgio Moro. A uma plateia formada por beneficiários do Minha Casa, Minha Vida, ela declarou: “Grampeia o presidente dos Estados Unidos para ver o que acontece”.

“Grampeia o presidente dos Estados Unidos para ver o que acontece com quem grampear. É por isso que vou tomar todas as providências cabíveis neste caso. Não é só por causa da Presidência da República, que é muito importante, é por outro motivo: se eu não tomar providências, se alguém puder me grampear sem a autorização do Supremo Tribunal Federal, o que vai acontecer com o cidadão comum?”, afirmou, acrescentando que a Justiça não pode ser “politizada”.

A repercussão política dos áudios entre Dilma e Lula foi intensa em Brasília. Parlamentares da oposição na Câmara dos Deputados e no Senado, por exemplo, passaram a pedir a renúncia da petista. Além disso, manifestantes foram às ruas de cidades em 19 estados e no Distrito Federal para pedir a saída da presidente.

Lula na Casa Civil
Segundo Dilma, o ex-presidente Lula, novo ministro da Casa Civil, é um “grande amigo” que poderá ajudar o governo.

“Quando vocês estão enfrentando alguma dificuldade, vocês não chamam um parente ou um amigo par ajudar? Por isso eu chamei um grande amigo meu e de vocês para me ajudar. Eu chamei o presidente Lula”, afirmou.

Dilma também declarou que os programas sociais serão mantidos e a inflação, reduzida. “Esses programas, como o Minha Casa, Minha Vida, estão mantidos. Mas nós também temos de combater a inflação, porque a inflação prejudica o bolso de vocês e, agora, estamos conseguindo dar os primeiros passos para derrotar a inflação. A inflação neste país vai cair. Ela vai cair”, afirmou. (G1)



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