Garota acusa pai guarda municipal de estupros após morte da mãe em Feira de Santana

Uma adolescente de 15 anos disse à polícia ter sido estuprada diversas vezes pelo próprio pai, que é um guarda municipal, na cidade de Feira de Santana, a cerca de 100 quilômetros de Salvador. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (9) pela delegada Milena Calmon, que é titular da Delegacia do Adolescente Infrator (DAI) do município e investiga o caso. O pai da jovem nega o crime. O inquérito deve ser concluído nos próximos dias e remetido à Justiça.

De acordo com a delegada, os abusos contra a jovem passaram a ocorrer após a morte da mãe da vítima, há três anos, quando a adolescente passou a morar sozinha com o pai. Segundo a polícia, a jovem fugiu de casa há cerca de um mês, devido às agressões, e passou a morar com uma mulher que a encotrou numa praça do conjunto George Américo.

“Os abusos ocorreram quando ela tinha entre 12 e 14 anos, após a mãe morrer. Hoje, ela tem 15 anos. Foi ele [o pai] quem tirou a virgindade dea. Segundo relato da vítima, o pai só parou de abusá-la quando passou a conviver com outra mulher. A menina, no entanto, era muito maltratada e decidiu fugir de casa. Ela confidenciou todos os abusos à essa mulher que a encontrou na rua. Foi então que o caso veio parar na polícia”, destacou a delegada.

Segundo a delegada Milena, a jovem registrou queixa logo depois de ter sido encontrada pela mulher e contou que era ameaçada pelo pai com uma arma e forçada a ter relações sexuais com ele. Ainda conforme a delegada, um laudo do Departamento de Polícia Técnica (DPT) comprova que os sinais de desvirginamento são antigos, compatíveis com o depoimento da vítima.

O pai da vítima, que não teve identidade divulgada, também prestou depoimento, há uma semana. “Ele tem 57 anos e é guarda muinicipal. Negou as acusações da filha e disse que a adolescente é muito rebelde e que por isso teria saído de casa. Nós, no entanto, representamos pela prisão dele, por estupro de vulnerável, mas a Justiça entendeu que não era necessário, porque a menina não está mais com ele e, portanto, não está correndo risco”, destacou a delegada.

Segundo a titular da Delegacia do Adolescente Infrator (DAI), a Justiça determinou que o guarda municipal fique afastado da filha. “É uma medida protetiva que determina que ele fique distante dela por no mínimo 300 metros, sob pena de ser preso. Vou concluir o inquérito nos próximos dias e remeter ao Ministério Público e à Justiça”, afirmou.

Conforme a delegada, o prazo para conclusão das investigações é de 30 dias e deve ser concluído no final de junho. A adolescente continua morando com a mulher e está tendo acompanhamento psicológico e do Conselho Tutelar.

*G1



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