Bahia: Gerente recompensa pedreiro que achou R$ 3 mil e devolveu

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“Atitude nobre dele. Um exemplo para ser seguido”. Assim o gerente de uma indústria de Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, que perdeu R$ 3 mil em dinheiro na rua classificou aatitude do pedreiro desempregado Nivaldo dos Anjos, que encontrou a quantia e procurou a polícia para que o dinheiro fosse devolvido ao dono. “Nos dias de hoje, isso é uma coisa que, infelizmente é raro”, completou o gerente José Vicente da Silva Neto, que, como reconpensa, deu R$ 500 à família do pedreiro, que mora em uma casa simples que ele mesmo construiu em um bairro periférido da cidade. No local, Nivaldo dos Anjos vive com a mulher, Regina dos Santos, e os três filhos. O dinheiro foi encontrado pelo pedreiro na calçada de uma agência bancária no dia 8 de setembro, no centro da cidade. José Vicente perdeu a quantia quando foi colocar o dinheiro na cintura para fazer um depósito no banco. A quantia, no entanto, caiu sem que ele percebesse. Como não sabia quem era o dono, o pedreiro foi até a delegacia da cidade para entregar o valor. Depois, descobriu que o dinheiro pertencia ao gerente, que, para sua surpresa, tem um projeto social na cidade de doação de sopas e a família dele é uma das beneficiadas. O pedreiro afirma que está desempregado desde abril e diz que a atitude honesta deixou os familiares dele orgulhosos. “Eu pensei assim: hoje foi o senhor [o gerente], amanhã pode ser a gente. Mesmo eu sabendo que outras pessoas podem não ter a atitude dele, eu me coloquei no lugar da pessoa [que perdeu o dinheiro]”, disse a mulher de Nivaldo, Regina. O pedreiro conta que alguns conhecidos falaram que ele não deveria ter devolvido o dinheiro, mas ele afirma que a maior recompensa foi o exemplo que deixou para os filhos. “Falaram que eu não deveria devolver, ainda mais numa crise dessas. Mas eu disse que posso ser feliz hoje, mas amanhã não sou”, afirmou. Antes de ir à delegacia com o dinehiro, o pedreiro mostrou a quantia achada ao engenheiro agrônomo Gustavo Bellet, que estava próximo ao local. “Eu pensei: ‘Vou chamar ele para ser testemunha que o dinheiro está no chão, e vamos levar no banco para ver o que vai dar”, contou Nivaldo. “Optamos por devolver o dinheiro e a gente se sente muito feliz. A honestidade pode ajudar muito a gente a continuar vivendo, continuar conseguindo novos trabalhos, novas oportunidades”, disse o engenheiro. (B.Urente)



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