Mesmo não alcançando a meta do Ideb, secretária diz que educação melhorou em Feira

A Secretaria de Educação de Feira de Santana justificou nesta sexta-feira (9) os índices educacionais abaixo da meta na rede de ensino municipal registrados pelo Ministério da Educação (MEC), por meio do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2015.

No ensino fundamental 1, que compreende do primeiro ao quinto ano, levando em consideração somente os dados referentes ao município, a média de 2015 ficou em 4.0, enquanto a meta projetada era de 4.2. Já o ensino fundamento 2, que compreende do sexto ao nono ano, a média ficou em 3.5, enquanto a média projetada era 4.0.

Levando em consideração todas as redes (federal, estadual e municipal), Feira de Santana registrou no ensino fundamental 1 a nota 4.0, sendo que a meta projetada era de 4.3. Apesar de não alcançar a meta, houve uma melhora na comparação com a média do ano de 2013, que foi de 3.4.

No ensino fundamental 2, a média de 2015 ficou em 3.1, enquanto a meta projetada era de 3.9. O número foi ainda inferior ao registrado no ano de 2013, que foi de 3.3. O índice varia de 0 a 10 e leva em conta o rendimento escolar dos alunos, como taxas de aprovação, reprovação e abandono.

Em entrevista ao Acorda Cidade, a secretária Jayana Ribeiro afirmou que a prefeitura tem se esforçado para melhorar os índices da rede. Segundo ela, nos anos iniciais, em 2013, o município obteve uma média de 3.4, inferior ao registrado em 2015, de 4.0. “Então nós crescemos sim, aumentamos seis décimos, e isso é um resultado significativo. Nos anos finais nós crescemos quatro décimos, saímos de 3.1 para 3.5. A meta era 4”, explicou.

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Ela afirmou ainda que a rede municipal está satisfeita com esse resultado, mas reconhece que é preciso melhorar. “Em 2013 nós tivemos um percentual bem mais baixo do esperado, e nós avançamos. Isso a gente não pode deixar de registrar e agradecer a todos os professores da rede municipal de todas as escolas, porque nós crescemos e estamos bem próximos da meta e com certeza com o trabalho que é feito pelas escolas a gente vai ter um resultado para atingir a meta até porque nacionalmente o Brasil não teve a sua meta alcançada”, avaliou Jayana Ribeiro.

De acordo com a secretária, a educação é um processo, e este é um momento de avaliação e reflexão sobre os resultados. Sobre as escolas que foram melhor avaliadas pelo Ideb, Jayana informou que elas tiveram média superior à nacional. “Foi o CEB- Escola Básica da Uefs, que ficou com média acima de seis, e a Maria Antônia Costa, no bairro Santa Mônica, que ficou com 5.9. Mas se a gente observar todas as escolas, 90% delas tiveram crescimento significativo no Ideb”, disse.

Quadro das escolas

A professora Marlede Oliveira, que também é diretora da APLB- sindicato, lembrou que este ano a categoria realizou uma greve em prol da reserva de um terço da carga horária de trabalho para que os professores tenham condições e tempo garantido por lei para preparar aulas, fazer coordenação e discutir o processo educativo dentro das escolas.

“Eu quero dizer o empenho que os professores têm feito para melhorar a educação, mas também é responsabilidade dos governantes toda essa situação que passa a educação no Brasil, que está aí apontado a nível nacional e em Feira de Santana”, declarou a professora.

Ela salientou que o município é o mais rico da região, com indústrias e um comércio pujante, e que cidades menores que Feira de Santana, como Anguera, Itatim, Valente, Amélia Rodrigues, entre outros municípios, estão com pontuação maior que Feira.

“Em Feira, nós fizemos um dossiê do quadro das escolas e é muito ruim. As condições físicas das escolas; falta merenda e agora tem a questão dos estagiários, pois quem está dando aula são estudantes de primeiro semestre. Tenho feito essa denúncia constantemente, pois estão na sala de aula sem nenhuma condição, se matriculam numa universidade, pegam um recibo, e a Secretaria de Educação envia para a sala de aula. Isso é um crime que estão fazendo, e está aí o resultado do Ideb de Feira de Santana, com um índice menor que as cidades da região”, denunciou a presidente do sindicato dos professores, Marlede Oliveira.(A. Cidade)



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